EMÍLIA FERNANDES CRITICA INTERFERÊNCIA DO GOVERNO NA CONVENÇÃO DO PMDB
A senadora Emília Fernandes (PDT-RS) registrou hoje (dia 12) manifesto oficial do Partido Democrático Trabalhista (PDT) criticando os métodos de atuação do governo federal "para levar adiante o processo viciado de reeleição a qualquer custo".
- Trata-se de uma manifestação ideológico-partidária contendo uma avaliação que o meu partido fez do momento político que vive o país, principalmente reportando-se ao episódio "lamentável" da convenção do PMDB no último domingo, quando a Nação assistiu à atuação do processo de mudanças das regras do jogo eleitoral paragarantir a permanência de Fernando Henrique Cardosono poder - informou.
Segundo a senadora, não bastassem os recentes acontecimentos envolvendo compra e venda de votos nas votações das reformas constitucionais aprovadas pelo Congresso, quando, por imposição do presidente da República foram retirados da Lei Maior direitos dos trabalhadores conquistados na "Era Vargas", a convenção do PMDB foi uma demonstração da vontade manifestada pela equipe do Executivo de retornar ao colonialismo, sob a máscara do neoliberalismo.
REPRESENTAÇÃO
A nota oficial do PDT, lida pela senadora, anuncia que uma frente parlamentar conduzida pelos senadores Eduardo Suplicy (SP), líder do Bloco Oposição, Sebastião Rocha (PDT-AP), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e pelo deputado Marcelo Déda (PT-SE), entrou com representação junto à Corregedoria-Geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o presidente da República e os ministros da Justiça e o das Comunicações, na qual solicitam que se proceda a apuração dos possíveis crimes eleitorais relacionados à convenção do PMDB.
A nota diz ainda que "a ilusão neoliberal está superando a visão mais ampla da realidade nacional, que é de extrema dificuldade, por onde quer que se ande, e que exige uma mudança de rumos, urgentemente".
Emília Fernandes assinalou que a notaataca o fato de o governo ter "sepultado" as apurações da CPI dos Precatórios, favorecendo estados e municípios.E destacou ainda o caso de Santa Catarina, em que o endividamento de cerca de R$ 150 milhões teria sido esquecido sem uma rigorosa fiscalização, para beneficiar os representantes do Executivo daquele estado e facilitar sua influência nas votações de interesse do governo federal.12/03/1998
Agência Senado
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