Emilia Fernandes registra aumento da Aids entre as donas-de-casa e usuários de drogas



O avanço da Aids sobre as donas-de-casa e os usuários de drogas injetáveis no Brasil foi registrado em Plenário, nesta sexta-feira (7), pela senadora Emilia Fernandes (PT-RS). Embora o ritmo de crescimento anual da infecção pelo vírus HIV se tenha mantido estável nos últimos cinco anos, os índices de contágio nesses dois segmentos têm-se mostrado significativos, o que levou Emilia a cobrar das autoridades campanhas educativas específicas e a ampliação dos serviços de tratamento para dependentes químicos.

Apontadas como as mais novas vítimas da Aids, as donas-de-casa infectadas exibem o seguinte perfil, segundo informa a senadora: guardam a fidelidade conjugal, não trabalham e nem estudam, dependem social e financeiramente do marido. "As donas-de-casa brasileiras se julgam imunes ao vírus da Aids por serem heterossexuais, não serem usuárias de drogas e por se sentirem protegidas no recinto da família", explica.

Sem "ousar" cobrar dos companheiros o uso de preservativos, as mulheres casadas alcançaram o primeiro lugar na relação de mortos pela Aids, representando o percentual de 41,5%. Dos 20 mil novos casos da doença notificados por ano pelo Ministério da Saúde, 26,6% são de heterossexuais, 18,5% são de usuários de drogas injetáveis, 17,2% são de homossexuais e 9,8% de bissexuais. Hoje, o Brasil conta com 597 mil portadores do HIV.

Ao tratar das ações e medidas capazes de barrar a epidemia, Emilia Fernandes comentou a apresentação de projeto de lei, já aprovado no Senado, que autoriza a movimentação da conta vinculada do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) quando o trabalhador, ou qualquer dependente, tiver sido infectado pelo vírus HIV. "O FGTS é um direito dos trabalhadores brasileiros e, no caso de um doente de Aids, pode ser determinante para sua sobrevivência o usufruto desse direito", afirmou.

Como o projeto está aguardando votação na Câmara, a senadora petista apelou para a "atenção e sensibilidade" dos deputados no sentido de abraçar a causa .Em aparte, o senador Carlos Patrocínio (PTB-TO) respaldou a decisão de Emilia de cobrar dos deputados a votação da matéria. Afirmou também que não podem faltar investimentos públicos destinados ao controle e ao combate da doença, bem como à melhoria da qualidade de vida dos doentes.

07/12/2001

Agência Senado


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