EMILIA PEDE QUE O GOVERNO DIVULGUE A "CULTURA DA PAZ



Preocupada com a violência no país, a senadora Emilia Fernandes (PDT-RS) apresentou nesta segunda-feira (dia 17) requerimento propondo a realização de um seminário sobre o tema. Ela solicitou também ao presidente da República, Fernando Henrique, que constitua uma comissão nacional para difundir a Cultura da Paz, sintetizado no "Manifesto 2000", documento criado pela ONU e divulgado no dia 3 de março em solenidade na Torre Eifel, em Paris. A senadora informou que a ONU proclamou o ano 2.000 como o Ano Internacional da Cultura da Paz e que a proposta partiu de um gaúcho, o jornalista Mário Gusmão, diretor dos Jornais NH. Emilia leu o documento "Manifesto 2.000" e pediu sua transcrição nos anais da Casa.A senadora destacou que a expectativa da ONU é alcançar 100 milhões de assinaturas no documento para serem levadas à Assembléia Geral do Milênio das Nações Unidas, em setembro do próximo ano, assinalando que o texto do "Manifesto 2.000" está na internet e poderá ser subscrito por quem quiser.Para ressaltar a importância do tema, Emilia Fernandes disse que é preciso analisar com profundidade o crescimento da violência, principalmente na juventude, "segmento social por natureza questionador dos limites, mas, acima de tudo, portador de um profundo espírito fraterno e coletivo". Mas, a senadora concorda que antes de culpar os jovens pelo que ocorre, é preciso averiguar quais são as verdadeiras causas dessa sua condição de desesperança.Em sua opinião, além das medidas urgentes contra a violência, é fundamental mudar o atual quadro econômico, político e social do país. "Nunca, em nossos país, registrou-se uma situação de tamanha concentração de renda, de aprofundamento dos níveis de pobreza e de agressiva e humilhante exclusão social", afirmou. A senadora defende também que é necessário que as autoridades invistam em Segurança Pública, valorizando as instituições e os policiais.A senadora Heloísa Helena (PT-AL) disse, em aparte, que parabenizava a senadora por suas propostas trazidas ao plenário, mas considerava que a "ONU não tinha autoridade moral para falar em paz", já que esta estava sendo cúmplice direta pelo extermínio que ocorre na Iugoslávia.

17/05/1999

Agência Senado


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