MARINA SILVA PEDE QUE INPE DIVULGUE DADOS SOBRE QUEIMADAS NA AMAZÕNIA
A senadora Marina Silva (PT-AC) fez um alerta nesta quarta-feira dia (1°) sobre o retardamento na divulgação pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) dos dados a respeito das queimadas na floresta amazônica, no período entre 1998 e 1999. De acordo com a senadora, o instituto, desde os anos 80, tem como hábito publicar esses números em outubro e, nos últimos anos, passou a divulgá-los em janeiro.- Esses dados já devem estar devidamente analisados, e é uma necessidade, tanto das instituições públicas, quanto das organizações da sociedade civil e do cidadão de um modo geral, de ficarem sabendo exatamente os índices de queimadas que tivemos durante 98 e 99, para que se possa saber se houve diminuição ou aumento no que se refere aos índices apresentados anteriormente - explicou Marina Silva.A senadora citou números, segundo os quais, nos últimos dez anos, o maior desmatamento de floresta amazônica ocorreu entre os anos de 1994 e 1995, quando 2,9 milhões de hectares foram devastados. A partir de dados coletados em 1998, disse Marina, a devastação florestal apresentava uma taxa entre 0,3% a 0,4% ao ano, o que significa 1,5 milhão a 3 milhões de hectares.Marina Silva informou ainda que o satélite noturno do Inpe, que fornece dados ao Ibama, registrou, no ano passado, 204 mil focos de calor na América do Sul, dos quais 70% no Brasil. A senadora sugeriu que fosse criado uma espécie de "fogômetro" para medir o empenho dos estados amazônicos no desenvolvimento de políticas de preservação da floresta.
01/03/2000
Agência Senado
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