EMÍLIA QUER PRIORIDADE PARA A SAÚDE DA MULHER



Ao lembrar a passagem do Dia Mundial da Saúde, a senadora Emília Fernandes (PDT-RS) afirmou hoje (dia 7) que "saúde é decorrência direta de recursos materiais e, se quisermos melhorar o estado caótico do setor no Brasil, precisamos estabelecer um fluxo regular e permanente de recursos". A senadora fez um apelo ao Congresso Nacional para agilizar a aprovação da emenda constitucional 169, que destina 30% das receitas da Seguridade Social (da União) para as ações e serviços da saúde.

Para Emília, essa providência independe da aplicação na saúde dos recursos oriundos da Contribuição Provisória de Movimentação Financeira (o imposto do cheque). "Esses não são recursos orçamentários que podem ser movimentados pelo governo. É uma contribuição da sociedade que não deve servir de pretexto para que o governo diminua as verbas do orçamento que haviam sido destinadas para a saúde, como vem fazendo desde 1996, quando retirou um bilhão por ano", disse.

Segundo a senadora, cuidar da saúde da mulher é se preocupar com a família inteira porque é ela a maior responsável pela saúde familiar, estando a sobrevida da criança diretamente vinculada ao espaçamento de nascimentos e à saúde reprodutiva e preventiva da mãe. "Nesse capítulo, é preciso enfrentar temas polêmicos como o aborto - uma das maiores causas de mortalidade materna no Brasil. Somente em 1993, houve mais de 284 mil internaçõeshospitalares decorrentes de abortos clandestinos".

Uma das preocupações atuais é o número crescente de vítimas da AIDS. "Em l984, para cada 100 homens infectados havia uma única mulher. Hoje, para cada 100 homens infectados, já existem 30 mulheres. Segundo dados do Ministério da Saúde, há no Brasil 116 mil casos notificados, entre homens, mulheres e crianças.Pior,a OMS adverte que,para cada caso registrado, estima-se haver outros cinco de infecção", informou a senadora. Ela alertou para outro fato assustador - a mudança de perfil da incidência da doença, onde 54% dos casos já ocorrem no interior do país.



07/04/1998

Agência Senado


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