EMÍLIA: TELEFONEMAS MOSTRAM RELAÇÃO DA MACROMÉTRICA COM O BC



A análise parcial de 112 mil ligações feitas em centenas de telefones que tiveram sigilo quebrado pela CPI dos bancos "revelam que havia uma relação entre o Banco Central, a Macrométrica e o Banco Marka", declarou em entrevista à imprensa a senadora Emília Fernandes (PDT-RS). Ela foi encarregada pelo relator da CPI de examinar toda a documentação referente à quebra de sigilo telefônico. Francisco Lopes, ex-presidente do BC, foi sócio oficial da Macrométrica até assumir uma diretoria do Banco Central.A CPI descobriu que uma secretária do Banco Marka tinha telefone celular em seu nome, mas o aparelho era usado pela direção do banco "em certas ocasiões", especialmente em ligações para o Banco Central, acrescentou a senadora. A mulher de Sérgio Bragança, sócio da consultoria Macrométrica, também tinha um telefone e a quebra de sigilo mostrou que ele foi usado para o Banco Central na noite em que o Marka pediu socorro ao BC para não quebrar. Curiosidade: o telefone está instalado em Búzios (RJ), cidade turística.Nas últimas horas, a equipe que trabalha com Emília Fernandes detectou telefonemas para a Suíça, Bélgica e EUA feitos de aparelho que pertence a Sérgio Bragança. A Polícia Federal encontrou no apartamento de Francisco Lopes uma declaração, assinada por Sérgio Bragança, onde ele afirma que Lopes é dono de US$ 1,6 milhão depositado em contas no exterior.

01/06/1999

Agência Senado


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