Planos de saúde mostram maior qualificação em relação a anos anteriores



O Relatório do Programa de Qualificação da Saúde Suplementar – Componente Qualificação das Operadoras/Ano 2011 demonstrou tendência de crescimento na qualificação das empresas de planos de saúde em relação aos anos anteriores. Os resultados se referem a 2010, com base em informações relacionadas ao desempenho econômico-financeiro, assistencial, estrutura e operação e satisfação do beneficiário. O programa foi implementado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 2004 e está em constante aprimoramento.

A pesquisa demonstrou crescimento do percentual de beneficiários em planos com Índice de Desempenho da Saúde Suplementar (IDSS) igual ou superior a 0,5 entre 2007 e 2010. Atualmente, cerca de 41 milhões de beneficiários (71% do total) estão em operadoras que se encontram nesta faixa. Entre 2009 e 2010, no entanto, este percentual teve uma pequena redução, mas o número de beneficiários aumentou.

Segundo João Matos, coordenador do Programa, “o índice evidencia uma evolução positiva na qualidade das operadoras que, sem dúvida, se reflete na expectativa de melhoria na oferta de serviços ao beneficiário”.

Nos últimos três anos, o percentual de operadoras médico-hospitalares nas duas faixas de melhor avaliação do IDSS pulou de 11%, em 2007, para 32%, em 2010. Nas operadoras exclusivamente odontológicas, o percentual de empresas nas maiores faixas de IDSS passou de 13%, em 2007, para 29%, em 2010.

No mesmo período, o percentual de beneficiários de operadoras médico-hospitalares nas duas faixas de melhor avaliação do IDSS passou de 19%, em 2007, para 56%, em 2010. Nas operadoras exclusivamente odontológicas, o percentual de empresas nas maiores faixas de IDSS passou de 53%, em 2007, para 70%, em 2010.

O Programa de Qualificação das Operadoras avalia o desempenho destas por meio do IDSS. Este índice é composto por quatro dimensões, com diferentes pesos: 50% referente ao Índice de Desempenho da Atenção à Saúde (Idas); 30% para o Índice de Desempenho Econômico-financeiro (Idef); 10% para o Índice de Desempenho de Estrutura e Operação (Ideo) e 10% referente ao Índice de Desempenho da Satisfação dos Beneficiários (IDSB). Cada uma dessas dimensões é medida por um conjunto específico de indicadores. Estes são calculados com base nos dados extraídos dos sistemas de informações da ANS, cujo envio é feito pelas operadoras ou coletados pela Agência nos sistemas nacionais de informações em saúde.

No ciclo de 2010, foram necessários alguns ajustes na dimensão Atenção à Saúde, pois a ANS ficou impedida de coletar informações epidemiológicas, devido a uma decisão judicial.  Para não haver prejuízos ao programa, a ANS criou três novos indicadores desenvolvidos a partir de informações conhecidas e disponíveis: proporção de consulta médica em pronto-socorro; número de internações por beneficiário; e número de consultas médicas ambulatoriais por beneficiário.

Para o ciclo de 2011, a ANS realizou uma câmara técnica para avaliações dos novos indicadores e pesos das dimensões, que agora se encontram em consulta pública.


Fonte:
ANS



20/10/2011 15:09


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