Empresa coreana quer investir em tecnologia 4G no Brasil



O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse nesta segunda-feira (16) em Brasília, no retorno de uma viagem oficial à Coreia do Sul que empresas coreanas manifestaram interesse em investir no Brasil, mas não mencionou valores. “Fiquei impressionado porque eles conhecem bem a realidade do Brasil, sabem o que estamos fazendo, sobre o Programa Nacional de Banda Larga, dados, números”, destacou.

Segundo o ministro, a SK Telecom, maior operadora de telefonia móvel da Coreia, que detém cerca de 51% do mercado do país, quer entrar no Brasil atuando na banda larga 4G, na faixa de 2,1 GHZ que, segundo os empresários, pode oferecer maior velocidade de acesso.

Bernardo esclareceu que na Coreia, o acesso à internet foi universalizado e está presente em 98% dos lares. O programa começou a ser aplicado em 1996 com o estímulo para a compra de computadores e ações de inclusão digital para aproximar do computador pessoas como donas de casa que nunca haviam tido contato com a ferramenta. Além disso, foi trocada toda a infraestrutura e o país está totalmente conectado por fibra ótica e a telefonia fixa está presente em 100% das residências coreanas.

Entretanto, segundo o Ministro, pelas dimensões continentais do Brasil, esta opção pode não ser a mais viável e investir em telefonia móvel para atingir áreas isoladas pode vir a ser a melhor opção. “Estou convencido disso, a realidade está mostrando”, afirmou Bernardo.

Segundo o ministro das Comunicações, a entrada de novas empresas no mercado brasileiro é importante para aumentar a concorrência, baratear o custo e massificar o uso e “o nosso papel é regular e dar espaço para quem quiser atuar”, ressaltou.  Acrescentou que o Estado deve definir como será feita a ampliação da banda larga no Brasil, as metas e as formas de chegar até 2014 e a Telebrás “terá papel determinante”, disse Bernardo.


Desoneração de tablets

Uma Medida Provisória que enquadra o tablet como computador também deve sair nesta semana e mobilizar as expectativas do setor. O Secretário de Telecomunicações, Nelson Fujimoto, esclareceu que a MP reduz de 9,25% para zero a alíquota do PIS/Cofins nos tablets. 

Em seguida, através de portaria conjunta do Ministério da Ciência e Tecnologia e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), o tablet é enquadrado no Processo Produtivo Básico com uma classificação específica e assim o IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados cai de 15% para 3%. 

Segundo Fujimoto, havia uma dificuldade de classificar o tablet que não é “nem notebook, nem smartphone ou palmtop” e com esta MP que se segue à consulta pública realizada pelo Mdic, o “problema será resolvido”.

Bernardo citou a chinesa FoxCom que já manifestou intenção de montar o Ipad no País, além da ZTE, Motorola e Samsung que, em encontro na Coreia,  também destacou a intenção de começar a produzir no Brasil a segunda geração do Galaxy Tablet.


Fonte:
Ministério das Comunicações



17/05/2011 11:18


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