Empresário nega que tenha realizado operações financeiras



Em depoimento nesta quarta-feira (8) à Sub-relatoria de Fundos de Pensão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios, o economista e proprietário da corretora Stocklos, Lúcio Bolonha Funaro, garantiu que sempre atuou de forma individual no mercado financeiro e que nunca operou com entidades de previdência fechada de empresas estatais ou órgãos públicos. O economista também explicou que deixou de comparecer aos dois depoimentos anteriormente agendados pela sub-relatoria porque estava no exterior e não havia recebido a convocação.

Funaro explicou ao sub-relator, deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA), que seu patrimônio atual é de R$ 20 milhões e que sua atuação no mercado financeiro nunca foi questionada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), do Ministério da Fazenda. O depoente também disse que nunca operou com a corretora Link e rebateu acusações de que tenha causado prejuízo da ordem de R$ 32 milhões ao Banco do Brasil, a partir de transações que teriam sido feitas com a corretora. Funaro sugeriu a quebra do sigilo bancário da Link para esclarecimento dos fatos.

O proprietário da corretora Stocklos também negou acusações feitas contra ele pelo doleiro Antonio Oliveira Claramunt, o Toninho da Barcelona, segundo o qual o economista estaria envolvido em esquema de financiamento irregular do Partido dos Trabalhadores (PT). Funaro afirmou que nunca esteve com o ex-deputado José Dirceu e nem com o ex-secretário nacional de Comunicação do PT Marcelo Sereno, que deverá depor na sub-relatoria na próxima sexta-feira (10).

Funaro também garantiu a Antonio Carlos Magalhães Neto que nunca fez depósitos em nome de Duda Mendonça, embora um cheque seu tenha sido encontrado com o publicitário, segundo assinalou o sub-relator. O economista disse desconhecer o motivo pelo qual o documento foi encontrado com Duda e voltou a ressaltar que nunca foi indiciado nem respondeu a inquérito na CVM.

A sub-relatoria pretende ouvir ainda nesta quarta-feira os representantes da corretora Cruzeiro do Sul Ângela Celeste de Almeida, Luís Felipe Índio da Costa, Luís Otávio Azevedo Lopes Índio da Costa e Luiz Fernando Pinheiro Guimarães de Carvalho, e da corretora Brasil Central, Cláudio Roberto Seabra de Almeida.



08/03/2006

Agência Senado


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