Energia já aflige menos a indústria



Energia já aflige menos a indústria Três meses após o início do racionamento, a crise de energia transformou-se em fator secundário do desempenho da indústria, segundo pesquisa da Fiesp com 402 empresários. Em maio, antes do início do racionamento, Gavazzi tinha dito que o plano teria "um impacto dramático" e que uma queda no nível de atividade da indústria seria "inevitável". As chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, que começaram na quinta-feira passada, amenizaram a queda no nível dos reservatórios de água das hidrelétricas. (pág. 1, B1 e B3) * A partir de agora, a alta do dólar e dos juros, a turbulência na Argentina e o desaquecimento mundial será a principal causa de eventuais demissões e quedas na produção. "Adaptamo-nos de maneira bastante gradual. O impacto não vai ser maior do que esse que tivemos", disse Pio Gavazzi, do Departamento de Infra-Estrutura Industrial da Fiesp. Entre os empresários consultados, 58% afirmaram que não foi preciso reduzir a produção para atingir a meta de redução de consumo de energia - contra 51% da pesquisa anterior. A alta do dólar e dos juros produziu o maior déficit público desde a maxidesvalorização de 99. Segundo o Banco Central, em 12 meses os gastos superaram as receitas em R$ 72,03 bilhões (R$ 14,34 bilhões em julho), ou 6,21% do PIB. A dívida pública atingiu R$ 641,29 bilhões, ou 52,5% do PIB, maior proporção apurada pela metodologia adotada desde 91 pelo BC. (pág. 1 e B7) * Patrícia Abravanel, 23, filha do empresário e apresentador Silvio Santos, voltou para casa, após sete dias em poder de seqüestradores. A estudante disse que foi libertada sem pagamento de resgate, mas o governo do estado de São Paulo afirmou que o resgate, cujo valor teria sido de R$ 500 mil, foi pago. Patrícia disse ter perdoado os seqüestradores e culpou a desigualdade social e a corrupção pelo crime. "O que tem de ser punido é o sistema de corrupção, porque o povo brasileiro é bom". O cativeiro onde foi mantida refém ficava a apenas 3,5 km de sua casa, em rua residencial, de classe média. (pág. 1 e C1) * Jader Barbalho (PMDB-PA), presidente licenciado do Senado, falará hoje, em seu gabinete, para uma comissão de senadores do Conselho de Ética. No depoimento, Jader tentará convencer a comissão de que não mentiu ao refutar as acusações de desvio de dinheiro do Banpará e, dessa forma, evitar que seja aberto processo de cassação por quebra de decoro parlamentar. (pág. 1 e A4) * A OEA enviou ao Brasil pedido de explicações sobre supostas violações dos direitos humanos de negros descendentes de escravos que vivem em Alcântara (MA). Devido à construção de uma base para foguetes, centenas de famílias - a maioria de negros e índios - estão sendo deslocadas para novas aldeias. José Gregori (Justiça) afirmou desconhecer a denúncia. (pág. 1 e A14) * Os telefonemas feitos para o Citibank de Genebra, onde Paulo Maluf (PPB) manteve aplicações até 1997, partiram de telefone do filho mais velho do ex-prefeito, Flávio Maluf. O fato de ser dono da linha não prova que Flávio tenha sido o autor dos telefonemas. Paulo Maluf atribuiu as ligações a um engano, ao aluguel de carro ou a uma reserva de hotel. "A ligação não foi para tratar de conta". (pág. 1 e A6) * O PFL lançou o nome da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, para a disputa das eleições de 2002. No dia 7, o partido deflagrou ofensiva para viabilizar sua candidatura ao Planalto - até o final do ano, pretende dedicar a ela 30 dos 40 minutos de propaganda gratuita a quem tem direito. Em um dos cenários de pesquisa divulgada ontem, Roseana aparece em segundo na disputa pela Presidência. (pág. 1 e A12) Editorial "Moratória na agenda" Embrulhada em uma porção de véus semânticos, a palavra "moratória" (ou "calote" ou algum outro similar) acaba de conseguir seu lugar na agenda global, a partir do recente acordo entre o governo da Argentina e o FMI, o Fundo Monetário Internacional. Parte do dinheiro obtido (cerca de US$ 3 bilhões) servirá, exatamente, para garantir uma eventual troca, supostamente voluntária, de papéis da dívida argentina. É pouco, avalia ninguém menos que Stanley Fischer, o economista que está deixando o cargo de vice-direitor-gerente, o segundo posto na hierarquia do Fundo. Completa Fischer: "Eles (os argentinos) vão precisar de mais recursos do que está sendo dado, mas estamos oferecendo algum dinheiro para sinalizar que consideramos esta (a renegociação da dívida) uma boa idéia e que queremos ser criativos". (...) (pág. A2) Colunistas Painel Roseana Sarney (PFL) já admite nos bastidores a possibilidade de entrar na corrida presidencial. Em telefonema ao presidente interino do Senado, Edison Lobão, disse que aguardará as próximas pesquisas. Se continuar à frente dos demais governistas, lançará seu nome. * Por enquanto, a governadora do Maranhão continuará a dizer que seu projeto é disputar o Senado em 2002. Acha que o seu crescimento nas pesquisas não está cristalizado. Mas autorizou o PFL a trabalhar seu nome. No mínimo, ajuda o partido a se cacifar para vice na chapa aliada. (pág. A4) Topo da página

08/29/2001


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