Equador pede ajuda à comunidade internacional para projeto na Amazônia



O governo do Equador quer que a comunidade internacional contribua com um fundo destinado à criação de fontes alternativas de energia, e espera receber US$ bilhões para a preservação do Parque Nacional Yasuni. O apelo foi feito também ao Brasil, segundo informou a ministra do Patrimônio e coordenadora do projeto, Maria Fernanda Espinosa.

Os recursos para a preservação da área são administrados pelo Programa da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e devem ter como destino a transformação da matriz energética equatoriana e a preservação de bosques e comunidades indígenas ainda em situação de isolamento no Equador. Atualmente, a exploração petrolífera é a principal fonte de receitas naquele País.

A ministra disse que aguarda uma sinalização do governo da presidenta Dilma Rousseff. “É fundamental que um país-irmão da importância do Brasil se some para continuar alimentando este fundo, que esperamos que funcione”, afirmou ela.

O cálculo, de acordo com especialistas, é que a preservação do campo Yasuní – que abriga 20% das reservas petrolíferas do Equador – pode evitar a emissão de mais de 400 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono, principal responsável pelo aquecimento global.

“Se não conseguirmos reunir suficientes adesões e compromisso internacional temos um plano B que é a decisão de explorar esses recursos petrolíferos”, afirmou Maria Fernanda. Segundo a ministra, está em jogo o futuro do Equador. “Somos um país com enormes necessidades de desenvolvimento e estamos oferecendo ao planeta esta oportunidade de exercer seu compromisso, sua corresponsabilidade com a mudança climática e com a biodiversidade.”

A ministra equatoriana afirmou que, depois da conferência da ONU sobre o clima em Cancún, no México, o governo equatoriano tinha a expectativa de que o programa ITT-Yasuní pudesse avançar no acesso a recursos do mecanismo de preservação de florestas conhecido pela Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (cuja sigla é REDD).

A participação financeira da comunidade internacional, no entanto, está longe de suprir as expectativas e preocupa o governo equatoriano. Por enquanto, somente o Chile, a Espanha e a Itália colaboraram com o fundo de compensação, que reúne pouco mais de US$ 38 milhões.

“Há certa decepção, sem dúvida”, afirmou a ministra. A meta acordada com o Pnud, órgão regulador do fundo, para este ano é arrecadar pelo menos US$ 100 milhões. Caso contrário, o projeto poderá ser inviabilizado.

O futuro do projeto ITT-Yasuní será um dos pontos do referendo que o presidente equatoriano pretende promover nos próximos meses. Na consulta, anunciada no sábado (8), Correa quer saber se a população está de acordo com o abandono do projeto de preservação caso a comunidade internacional não colabore com o fundo. O presidente equatoriano disse que avaliará o desenvolvimento do projeto em junho e poderá, antes do final do ano, decidir se seu governo o abandonará.


Fonte:
Agência Brasil



11/01/2011 12:45


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