Esforço pela inclusão digital é destacado em homenagem aos 45 anos do Serpro
Avançar no processo de inclusão digital, principalmente pelo desenvolvimento de software livre (programa de computador que pode ser usado, copiado e modificado sem nenhuma restrição), foi uma das maiores conquistas colecionadas pelo Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados) ao longo de seus 45 anos de existência. Esse reconhecimento partiu dos senadores presentes à sessão especial do Senado, realizada nesta quinta-feira (3), em homenagem à maior empresa de tecnologia de informação da América Latina, presente em todas as capitais brasileiras e que reúne um corpo técnico com cerca de 10 mil funcionários.
A senadora Ideli Salvatti (PT-SC) foi autora do requerimento da sessão de homenagem ao Serpro. Como não pode comparecer à solenidade, foi representada pela senadora Fátima Cleide (PT-RO), que apontou o Serpro como "uma das principais empresas fomentadoras da política de implantação do software livre, importante para a independência tecnológica e para a soberania nacional". Segundo acrescentou, a atuação da empresa no campo da inclusão digital busca viabilizar o uso e a apropriação de novas tecnologias por comunidades carentes.
Essa missão social vem sendo concretizada pelo Serpro, ressaltou Fátima Cleide, com a montagem de telecentros comunitários, espaços de uso público organizados com a doação de microcomputadores para entidades públicas e da sociedade civil. Dentre os serviços oferecidos à população, estão acesso à internet, cursos de informática e de educação à distância, reforço escolar e estímulo à produção audiovisual comunitária. A parlamentar informou que, no momento, existem 321 telecentros instalados no Brasil e nove no exterior.
Contribuições
Ex-presidente da Frente Parlamentar Mista do Software Livre, a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) ressaltou a contribuição do Serpro para a modernização e a melhoria da qualidade da administração pública brasileira. Como exemplo de serviços tecnológicos de ponta, que trouxeram facilidades à vida do cidadão, citou o programa Receitanet (para envio da declaração anual do Imposto de Renda); os sistemas de emissão dos novos modelos de passaporte e da carteira nacional de habilitação; e o Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira), "ferramenta fundamental para fiscalização do gasto público".
A preocupação do Serpro de investir na capacitação de seu corpo técnico e na renovação de seu parque tecnológico também foi enaltecida pelo senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), autor de substitutivo ao projeto (PLC 89/03) que tipifica os crimes cometidos na internet e em outras redes. Ele destacou a criação, em 2003, da Universidade Corporativa do Serpro (UniSerpro), direcionada ao aperfeiçoamento de mão-de-obra, a custos mais reduzidos. Já a aquisição de novos equipamentos, acrescentou o parlamentar, deverá possibilitar melhoria de desempenho e economia de tempo no processamento dos cerca de dois mil serviços prestados atualmente pela empresa.
Por fim, o diretor-presidente do Serpro, Marcos Vinícius Ferreira Mazoni, comemorou a nova fase vivida pela empresa, voltada a disponibilizar o uso da tecnologia da informação para promover a inclusão digital. Essa seria a contribuição direta da empresa para melhorar a qualidade de vida do povo brasileiro.
03/12/2009
Agência Senado
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