Especialista em balística dos EUA concede palestra para policiais paulistas
Evento foi realizado nesta segunda-feira, 12, na sede da Secretaria da Segurança Pública
Cole Goater, especialista em balística e mestre em Ciência Forense pela Universidade de Illinois, concedeu, na manhã desta segunda-feira, 12, uma palestra a policiais civis, militares e técnico-científicos sobre os métodos utilizados nos Estados Unidos para coletar provas de crimes com utilização de arma de fogo. O evento realizado na sede da Secretaria da Segurança Pública contou com a presença do secretário Ronaldo Marzagão.
A novidade apresentada Goater é o Sistema Integrado de Identificação Balística (IBIS), considerado um equipamento de última geração. Ele permite a criação de um banco de dados de projéteis, com o objetivo de correlacionar crimes que tenham sido praticados com a mesma arma de fogo. Nos Estados Unidos, esse sistema funciona de maneira integrada entre os estados. No Brasil, apenas Salvador (BA) e Rio de Janeiro contam com essa tecnologia, mas ainda assim, o sistema não está interligado.
Segundo Nelson Correia da Silva Júnior, diretor em exercício do núcleo de balística do Instituto de Criminalística de São Paulo, os métodos utilizados pelos EUA são idênticos aos do Brasil. “O diferencial á apenas o sistema IBIS”. Silva Júnior declarou que é importante a implantação de qualquer sistema informatizado e ressaltou a grande diferença entre o volume de serviço de São Paulo e dos Estados Unidos. “Enquanto no laboratório em que Cole trabalha são elaborados cerca de 200 laudos por mês, em São Paulo são aproximadamente 800. O nosso problema principal é o volume de informações colocado no sistema”.
Goater explicou ainda que nos Estados Unidos existem aproximadamente 300 laboratórios federais, estaduais, municipais e privados que realizam exames nas armas. As provas coletadas por funcionários desses laboratórios são guardadas nas agências policiais. O processo para analisar o material varia de agência para agência. No entanto, eles seguem padrões aprovados pelo ISO 17025 (que estabelece padrão internacional e único para atestar a competência dos laboratórios para realizarem ensaios e/ou calibrações, incluindo amostragem).
Mais de 60 pessoas participaram da palestra. Entre os presentes estavam José Domingo Moreira das Eiras, diretor do Instituto de Criminalística, representando a superintendência da Polícia Técnico-Científica, o cônsul dos Estados Unidos, Mark Kendrick, e Marcos Hirata, assessor cultural do consulado dos Estados Unidos.
Josimara Silva
Da Secretaria Estadual de Segurança Pública
(I.P.)
11/12/2007
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