Especialistas apresentam sugestões para aumentar a inclusão social



Representantes do Dieese, CNI e Ministério da Previdência Social se reuniram para debater a inclusão social durante o lançamento do livro “Melhores aposentadorias, melhores trabalhos: em direção à cobertura universal na América Latina e Caribe”. A conversa fez parte das comemorações de 91 anos da Previdência Social Brasileira.

A primeira a falar foi Rosane Maia, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Ela mostrou o trabalho realizado em 31 oficinas, para enfrentar a informalidade no país. Rosane disse que um dos principais problemas é a falta de informação: “A gente percebe que, na ponta, os trabalhadores desconhecem a nossa Previdência Social”. A representante do Dieese também falou sobre a necessidade de simplificar as declarações sociais, que, segundo ela, dificultam o acesso dos cidadãos à formalidade.

Em seguida, foi a vez do representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Márcio Amorim. Na visão dos empregadores, a inclusão social só se consolidará por meio de uma educação de qualidade. Amorim afirmou que a produtividade está estagnada no Brasil e que o custo do trabalhador ainda é muito alto. Para ele, a educação profissional seria uma saída para a inclusão.

A última explanação foi do secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim. Ele apresentou dados do Ministério da Previdência sobre os níveis de proteção social no Brasil e os impactos do pagamento de benefícios na diminuição da pobreza no país. Rolim ressaltou a importância dos benefícios para os mais idosos. “A proteção de quem tem acima de 60 anos chega a 82%”. Segundo o secretário, conforme a idade avança, a proteção é ainda maior: “Estamos próximos a atingir aquele objetivo que está no livro que é o da cobertura universal”.

Rolim falou sobre as diversas políticas adotadas pela Previdência Social para aumentar a cobertura previdenciária e citou metas da instituição para promover a inclusão social: ampliar a proteção social dos trabalhadores, difundir a educação previdenciária, promover inclusão nas áreas e setores com menores índices de cobertura, entre outras. “Boa parte da população brasileira não faz as melhores escolhas sobre a Previdência porque não conhece a Previdência”, lamentou.

O secretário ressaltou, ainda, as metas para 2015, como alcançar 77% de cobertura previdenciária da população ocupada, formalizar um milhão de donas de casa de baixa renda e 1,4 milhão de trabalhadores domésticos.

Lançamento

Na última quarta-feira (29), foi lançado no Ministério da Previdência Social o livro “Melhores aposentadorias, melhores trabalhos: em direção à cobertura universal na América Latina e Caribe”, de Mariano Bosch, Ángel Melguizo e Carmen Pagés. A publicação traça um diagnóstico da situação atual dos países da América Latina e do Caribe a respeito das relações entre seguridade social, mercado de trabalho e o sistema produtivo.

Várias autoridades participaram do evento, como o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias; o ministro-chefe interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e presidente do Ipea, Marcelo Neri; a representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) no Brasil, Daniela Carrera-Marquis; e o secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim.

Fonte: Ministério da Presidência Social 



30/01/2014 17:00


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