Especialistas cobram decisão sobre domínio do espaço aéreo brasileiro



O diretor-geral brasileiro da empresa Alcântara Cyclone Space (ACS), Roberto Amaral, disse ser urgente que as autoridades públicas decidam se querem que o Brasil assuma, definitivamente, o domínio sobre seu espaço aéreo, ou se aceitará que outros países desempenhem essa função.

- Nosso país precisa decidir se vai cuidar de si próprio ou se vai ceder o controle de seu espaço aéreo para outros países. Essa é uma decisão crucial, estratégica e política e terá que ser enfrentada - avaliou o especialista, perante os senadores da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).

Ele citou a importância estratégica de um programa de controle do espaço aéreo para as áreas de comunicação, segurança nacional, meteorologia, pesquisa, entre outras.

Também presente ao debate na CCT, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Carlos Ganem, frisou que faltam políticas claras no país para o controle do espaço aéreo. Para ele, o domínio do espaço aéreo é fundamental para o desenvolvimento do país, em termos econômicos e também em áreas como comunicação, educação à distância e realização de cirurgias com monitoramento remoto, por exemplo.

- Brasil parece ter medo de exercer um protagonismo na exploração do espaço aéreo. Não temos políticas, as prioridades foram ignoradas, em nome de atividade econômica localizada - criticou ele, referindo-se ao avanço da indústria da construção civil em torno da base de Alcântara, no Maranhão.

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24/02/2010

Agência Senado


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