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Cristovam elogiou as iniciativas da sociedade, no entanto, disse acreditar que somente uma atuação efetiva do Estado poderá realizar uma revolução na área da educação. Em sua avaliação, o Estado deve investir na alfabetização dos cerca de 14 milhões de brasileiros que ainda não sabem ler, bem como aprimorar a educação dos 40 milhões de pessoas que leem, mas não compreendem o texto - os chamados analfabetos funcionais.

O setor público também deve realizar ações, disse o senador, que estimulem o gosto pela leitura, o que, sugeriu, pode ser feito com a ajuda de campanhas em telenovelas. Oferecer oportunidades de acesso aos livros às pessoas que queiram ler também é uma atribuição do Estado,disse o senador.

A afirmação de que o brasileiro não gosta de ler é um mito, na opinião do senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC). Ele contou que experiência de distribuição no Acre de cursos em fascículos sobre Política, História, Sociologia e Filosofia, impressos na Gráfica do Senado, mostrou o interesse da população em aprimorar o conhecimento.

O senador também contou que manda imprimir títulos da literatura disponíveis no site do Ministério da Educação e distribui para as pessoas em seu estado. Também o senador Gilberto Goellner (DEM-MT) promove ações para estimular a leitura, informou sua assessoria.

A vice-presidenta da CE, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), observou que a população poderá ser beneficiada se ações semelhantes forem realizadas por todos os parlamentares e pelos empresários brasileiros.

A senadora pediu que relatos sobre as experiências de estímulo à leitura feitas em todo o território brasileiro sejam encaminhados à comissão. Por sugestão do senador Cristovam Buarque, a CE vai produzir um vídeo com as palestras dos dois dias do seminário para encaminhar às comunidades como meio de estímulo a ações culturais.

Contadores de histórias

Os senadores Roberto Cavalcanti (PRB-PB) e Sérgio Zambiasi (PTB-RS) defenderam o estímulo à prática de contar histórias como recurso para desenvolver o hábito de leitura entre as crianças. Na opinião de Cavalcanti, contar histórias para as crianças antes de dormir contribui para a criação de futuros leitores. Já Zambiasi sugeriu a criação, nas escolas, de espaço para contar histórias.

Iara Farias Borges / Agência Senado

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