Cristovam Buarque diz que o Brasil precisa estabelecer metas de longo prazo
O governo precisa estabelecer metas estratégicas para o futuro do país, afirmou nesta terça-feira (4) o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). Entre as metas, o senador listou as relacionadas a diversos setores, como educação, saúde, competitividade, tecnologia e economia. Ele afirmou que o Brasil não cumpre as metas para curto prazo e não possui metas ousadas de longo prazo. O senador ressaltou que o país não vai avançar sem objetivos ambiciosos que possam ser cumpridos em um longo prazo.
- Não temos metas de longo prazo nem nas coisas complexas e nem nas coisas mais simples. Não temos nenhuma meta no Brasil para erradicação do analfabetismo, coisa óbvia em qualquer país do século 20 – criticou.
O senador também criticou a falta de metas para o atendimento médico sem fila, para a dominação de tecnologias de pesquisas espaciais e para o aumento da produtividade e, consequentemente, da competitividade.
- Eu lamento que não se veja, hoje, nem nas lideranças, nem na população, a ideia de parar, de parar um minuto e dizer como é que nós queremos que seja o Brasil daqui a 50 anos, 30 anos, 20 anos – menos do que isso já é o curto prazo – disse.
Entre as metas de curto prazo que o país não cumpre, Cristovam destacou a meta de aumento das exportações. Ele explicou que o país não vai ultrapassar o nível de exportações em relação ao ano de 2011 porque ainda baseia a sua exportação em produtos primários que dependem da demanda externa.
- Nós não baseamos nossas exportações em bens de alta tecnologia em que o produtor é que define a demanda externa. Agora, o Brasil exporta ferro, exporta cereais. Isso depende de uma demanda, e essa demanda externa está em crise – disse.
O senador destacou também que a queda do superávit fiscal, que recuou 17% no último mês, prova que o governo não está conseguindo cumprir metas de controle de gastos. Cristovam afirmou que isso “gera um problema de credibilidade no exterior”.
- É preciso despertarmos rapidamente para a necessidade de cumprirmos as metas de curto prazo, que não estamos cumprindo, e sonharmos, definirmos metas ousadas de longo prazo. O Brasil nunca definiu um nível de investimento claro para nossa economia no médio, no longo prazo – destacou.
04/09/2012
Agência Senado
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