Estado, Prefeitura e sociedade civil querem levar mediação de conflitos para periferia



Durante assinatura, foi anunciada criação da primeira etapa do curso de formação de mediadores

O Governo do Estado, a Prefeitura de São Paulo e a sociedade civil deram um passo importante nesta segunda-feira, 29, para a promoção da mediação como forma pacífica de solução de conflitos na periferia da capital. Durante assinatura do protocolo de intenções, foi anunciada a criação da primeira etapa do curso de formação de mediadores.

“Nós temos que ter a consciência de que muitas situações de conflitos podem ser resolvidas por outras instâncias que não sejam aquelas tradicionalmente constituídas e que, em muitos casos, apresentam indícios de sobrecarrega de serviço. Com a formação de mediadores, nós podemos evitar que o conflito degenere para a violência”, defende o secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania, Luiz Antonio Marrey.

Os distritos escolhidos para o início do projeto foram Grajaú (Zona Sul), Lajeado (Zona Leste) e Brasilândia (Zona Norte). Os três bairros já são objetos de outras intervenções de redução de violência pelo programa "São Paulo em Paz". Em outra frente, o projeto será aplicado nos postos fixos do Centro de Integração da Cidadania (CIC), aprimorando a Câmara de Mediação, já existente no programa da Secretaria da Justiça.

Após assinatura do protocolo, teve início a mesa técnica, onde especialistas da mediação explicaram as etapas da capacitação e foram abertas as inscrições para o 1º Módulo de Formação de Mediadores. A etapa inicial será nos dias 30/11 e 01/12; 08 e 09/12; e 15 e 16/12, na Umapaz (Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz) e terá 80 vagas disponíveis. Todos os candidatos a mediadores devem fazer o curso, que tem duração de 30 horas. Um segundo modelo será realizado no início de 2008.

Além das Secretarias da Justiça e da Segurança Pública, assinaram o documento representantes da Defensoria Pública, das pastas municipais do Verde e Meio Ambiente, dos Negócios Jurídicos, de Participação e Parceria, de Assistência e Desenvolvimento Social e da Comissão Municipal dos Direitos Humanos e representantes a sociedade civil, Instituto “Sou da Paz” e Centro Brasileiro de Estudo e Pesquisas Judiciais (Cebepej).



10/30/2007


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