Estande do Senado doa livros em braile na abertura da Bienal do Livro da Bahia



O estande do Senado Federal foi o centro das atenções no primeiro dia de funcionamento da Bienal do Livro da Bahia, nesta sexta-feira (15). Logo após a abertura da Bienal, todas as autoridades presentes - entre elas o governador Paulo Souto (PFL), o ministro da Cultura, Gilberto Gil, o prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy (PFL), e os senadores Antonio Carlos Magalhães, Rodolpho Tourinho e César Borges, todos do PFL da Bahia - foram diretamente ao espaço do Senado para a doação de livros em braile para quatro instituições de assistência aos deficientes visuais de Salvador.

O ministro Gilberto Gil afirmou que a iniciativa do Senado de imprimir livros em braile -é louvável-, uma vez que a leitura é -provavelmente um dos preenchimentos maiores que os deficientes visuais têm na vida, tanto de tempo como de interesse-. Gil se disse muito feliz por ter entregado, no estande do Senado, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação a duas professoras, que hoje ensinam a outros cegos.

- Elas ficaram satisfeitíssimas, sem dúvida elas vão chegar em casa hoje e passar horas se divertindo, se instruindo com aquele livro, sabendo das questões legislativas relativas a seu próprio setor, a sua própria atividade - afirmou o ministro.

O diretor-geral do Senado Federal, Agaciel Maia, destacou que o senador Antonio Carlos Magalhães foi o grande estimulador da impressão em braile, tendo sido o criador da primeira impressão oficial em braile no Brasil, durante seu primeiro período na presidência no Senado Federal (1997-1998).

- Quanto ao braile, especialmente, me sinto bastante gratificado, porque era o diretor da gráfica do Senado quando foi criado esse sistema de impressão. O Senado foi o primeiro órgão publico no Brasil a se preocupar em editar obras em braile. Há uma grande procura pelas entidades de deficientes visuais - afirmou, lembrando que os livros sempre são doados.

O senador Antonio Carlos disse que o Senado está se empenhando em oferecer aos deficientes visuais a maior gama possível de livros em braile.

- O Senado Federal irá atender a uma grande população de deficientes visuais, o que é muito importante porque eles estão perfeitamente integrados à vida pública baiana e nacional - afirmou.

O senador Rodolpho Tourinho disse que a cegueira é possivelmente a pior das deficiências. Por isso, defendeu que seja dado a essas pessoas acesso ao maior número possível de obras.

- O acesso deve ser não somente na área de ficção, como também na parte legislativa - afirmou.

Já o senador César Borges parabenizou o Senado por dar uma atenção especial a um setor tão carente da sociedade como os deficientes visuais.

- A cidadania é um direito de todos, independente de raça, religião ou deficiência. Na hora em que se vai ao encontro de um segmento que não tem a importância do ponto de vista de política setoriais direcionadas a ele, você está dando um grande passo - afirmou.



15/08/2003

Agência Senado


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