Ex-senadores querem retornar ao poder







Ex-senadores querem retornar ao poder
Eles renunciaram por envolvimento em escândalos, mas se mobilizam para tentar um novo cargo em 2002.

Depois de deixarem o Senado este ano pela porta dos fundos, num rastro de escândalos, mentiras e trocas de acusações, os ex-senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), Jader Barbalho (PMDB-PA) e José Roberto Arruda (PFL-DF) preparam sua volta à vida pública nas eleições de 2002. Sem mandato, mas imersos em articulações políticas, os três apostam na redenção pelas urnas. Foi pensando nisso que optaram por renunciar ao mandato, escapando assim da cassação e da conseqüente perda dos direitos políticos.

Desde a renúncia – por causa da violação do painel de votação –, ACM começou sua campanha na Bahia. Seja em viagens a municípios do interior, em audiências que concede a líderes políticos, em Salvador, ou participando de inaugurações de obras do governo estadual, o ex-presidente do Senado continua respirando política e a esconder o jogo. "Por mim, me candidataria a uma cadeira do Senado, mas os correligionários querem que eu dispute o governo do Estado", diz ACM, deixando a dúvida no ar.
O ex-senador Luiz Estevão (cassado), disse ao Jornal de Comunidade, que quer disputar o governo do DF em 2002.

Cargos dependem de acordos
Assim como ACM, Jader Barbalho também não antecipa o cargo a que pretende concorrer em 2002. O destino político do peemedebista virou um jogo de xadrez, atrelado a uma briga estadual, entre o vice-governador do Pará, Hildegardo Nunes (PTB), e o governador Almir Gabriel (PSDB). O vice quer suceder Gabriel, mas o governador trabalha para eleger seu atual secretário de Produção, Simão Jatene.

Se Hildegardo Nunes continuar insistindo em se lançar candidato, Jader deverá fazer dobradinha com o vice, tentando voltar ao Senado. Mas não está descartada a hipótese de Jader concorrer a governador. "Minha decisão só será tomada no ano que vem. Até lá, estarei viajando pelo Pará e ouvindo os companheiros do PMDB", esquiva-se Jader.

Dos três ex-senadores, o que aparenta ter sentido maior desgaste com o afastamento é José Roberto Arruda, ex-líder do governo e nome cotadíssimo, no início do ano, para concorrer ao governo do Distrito Federal. Ao admitir seu envolvimento na violação do painel do Senado, Arruda virou a imagem da desilusão. Mas filiou-se ao PFL e mantém um escritório político.

Deputados tentam impedi-los
A renúncia de senadores, acusados de irregularidades para escapar da cassação, e conseqüente perda dos direitos políticos, levou alguns parlamentares a apresentar projetos de lei que punem com a inelegibilidade quem se utiliza desta prática. Em outubro, o presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), chegou a pedir urgência na tramitação de uma proposta do deputado Orlando Desconsi (PT-SP), que torna inelegível o parlamentar que renuncia para fugir da cassação. Aécio acha que tal conduta atinge de forma depreciativa a imagem do Legislativo.

O deputado José Roberto Batochio (PDT-SP) também apresentou uma proposta para punir parlamentares em outubro.
Ela prevê, por exemplo, a pena de inelegibilidade para "aquele que tenha renunciado a cargo público eletivo para evitar imposição de sanção legal."
O deputado quer criar "filtros de entrada" para aqueles que "não preenchem os requisitos mínimos."

As proibições
 Inelegibilidade temporária por cinco anos para "maus antecedentes": réu em processo criminal.
 Também ficam inelegíveis pessoas falidas e os condenados por improbidade administrativa.
 Fica inelegível quem desfez "vínculo conjugal para evitar caracterização de inelegibilidade." São inelegíveis o cônjuge e os parentes consangüíneos, até o segundo grau ou por adoção, do presidente da República, do governador e do prefeito, na sua região.
 Serão obrigados a uma quarentena aqueles que deixam o Poder Público. Pela proposta, administradores, juízes, advogados públicos, membros do Ministério Público, não podem advogar contra o Poder Público num período de cinco anos após o afastamento sob pena de inelegibilidade. Na mesma punição incorre o administrador ou juiz que, durante cinco anos depois do afastamento, venham representar "interesses privados perante órgão público."


Agentes federais acusados de engravidar Glória Trevi
Denúncia é do site da revista IstoÉ, que publica cartas trocadas entre presos na Polícia Federal.

Cartas trocadas entre presos na Superintendência da Polícia Federal em Brasília podem mudar o destino da cantora e atriz mexicana Glória Trevi, presa no Brasil desde janeiro do ano passado.
Ontem, o site da revista IstoÉ trouxe uma reportagem apontando falhas no resultado da sindicância interna realizada na PF, que descartou o envolvimento de agentes federais na gravidez da presidiária e ainda publicou duas cartas enviadas por um preso que esteve detido na PF no mesmo período em que a atriz engravidou de forma misteriosa. "Policiais que deveriam zelar pela segurança de uma mulher custodiada em suas celas mantinham relações sexuais com a prisioneira", acusa a revista.

O processo foi apurado pelo delegado Francisco de Assis Sobrinho, da Corregedoria-Geral do órgão, e concluiu que a cantora teria se inseminado usando um tubo de aplicação intravaginal contendo esperma do traficante e assaltante de bancos Marcelo Borelli.
No entanto, as cartas divulgadas pela revista desmentem essa história e contam que alguns policiais tinham relações sexuais constantes com Glória Trevi dentro da carceragem da superintendência, onde ela esteve por um ano e oito meses, enquanto aguarda o processo de extradição para o México. Ela depois foi transferida para o presídio da Papuda.
"Ora, e eu é que sei? Acho que é do Santana ou do Bandeira ou...Ah. Sei lá, tinha tanta gente 'comendo'(...)", diz o trecho de uma das cartas divulgadas pela revista.

Na segunda correspondência, o preso comenta artigos de jornais nos quais Borelli e o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, são apresentados como supostos pais do filho de Glória Trevi. "Só não descobriram a dupla de garanhões ainda, mais... tá esquentando", diz o texto.
Segundo a reportagem, os policiais citados nas cartas são Carlos José Santana e Marcos Edilson do Rego Bandeira. Ambos continuam lotados na superintendência em Brasília. Bandeira foi chefe da carceragem até o início de maio deste ano e abandonou o cargo após ter sido tomado como refém numa rebelião liderada por Borelli, em maio.

Em entrevista concedida à revista, Glória Trevi critica a investigação feita pela PF. Segundo ela, a sindicância terminou sem que todas as testemunhas fossem ouvidas. "Por que ninguém ouviu Maria?", questiona a atriz, referindo-se à sua secretária e companheira de cela, Maria Raquenel.
Além disso, Glória Trevi cita o sistema interno de vídeo na carceragem. Para ela, as câmeras deveriam ter registrado algum movimento. Ela afirma ainda à IstoÉ, que não fez inseminação artificial e que não planejava engravidar enquanto estava presa. Mesmo assim, recusou-se novamente a informar quem é o pai de seu bebê e reafirmou seu medo de retornar ao México. "Vou ser morta, como outros já foram", disse.


Superintendente não comenta a denúncia
O atual superintendente da Polícia Federal em Brasília, Euclides Rodrigues da Silva Filho, informou, por meio de sua assessoria, que não vai se pronunciar a respeito do caso em virtude das investigações estarem sob a responsabilidade da administração central da PF, mais precisamente na Corregedoria do órgão.
Na Assessoria de Comunicação da PF, a informação é que o relatório foi encerrado pelo delegado Francisco de Assis Sobrinho. As investigações só dev erão ser reabertas com o aparecimento de fatos novos. A diretoria do órgão só se pronunciará sobre o caso no começo da próxima semana.
Segundo o Serviço de Comunicação Social do órgão, durante a sindicância a atriz, os policiais citados na matéria e o preso que escreveu as cartas, foram ouvidos pelo delegado encarregado das investigações. O departamento questionou o porquê de eles não terem revelado nada disso durante o desenvolvimento das apurações.


Destino deve ser decidido segunda-feira
A cantora Glória Trevi está presa no Brasil desde janeiro do ano passado. Ela é acusada pelo México de ter aliciado e estuprado menores, juntamente com seu empresário, Sérgio Sanches Andrade, e sua secretária Maria Raquenel.

Desde então, ela ficou sob a custódia da PF, até setembro deste ano, quando foi transferida para uma ala do Núcleo de Custódia de Brasília. Nesse meio tempo, concebeu um filho de forma até hoje não explicada. Atualmente a cantora está no sexto mês de gravidez.
Antes disso, o governo mexicano já havia solicitado às autoridades brasileiras sua extradição. O pedido foi julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em dezembro do ano passado, e decidiu pela extradição da cantora e de seus dois companheiros.
Temendo por sua vida, Glória Trevi entrou com um pedido de refúgio junto ao Conselho Nacional para Refugiados (Conare), do Ministério da Justiça. A solicitação deverá ser avalidada na próxima reunião do conselho, marcada para acontecer na segunda-feira.

A situação da atriz está bastante complicada. O ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, um dos sete votos que decidirão a situação de Glória Trevi, já manifestou ser contra a concessão do benefício à cantora. Outros votos são de órgãos subordinados ao ministro.
Mesmo com uma possível decisão contrária à sua permanência no País, a atriz deverá permanecer no Brasil por mais alguns meses, o que lhe dará algum tempo para tentar reverter sua situação.


Artigos

Louvando o que bem merece
José Luiz oliveira

Reportagem publicada em setembro pelo Jornal de Brasília, depois de amplo e eficiente levantamento feito pelo repórter Áureo Germano, colocou o leitor diante de uma situação irritante, no mínimo. A matéria revelava, com riqueza de diálogos, que policiais militares beneficiados com a concessão de lotes nos becos das cidades (áreas centrais, de alto valor) estavam vendendo ou trocando os terrenos. Mesmo sabendo da proibição de passar o lote à frente em qualquer tipo de transação – esta é uma das exigências que o governo faz a quem recebe o direito de uso – muitos militares procuravam imobiliárias, ou eram procurados por elas, com a finalidade de negociar o terreno. Tudo às claras, pois eram anunciados nos jornais.

Alegavam os vendedores – ao que parece, com razão – não dispor de recursos para construir. Vendiam para tocar a obra em outro local. Nos fundos da casa dos pais ou dos sogros.
O jornal voltou ao caso sexta-feira, mas desta vez com uma notícia edificante. A Associação Brasiliense de Cabos e Soldados encontrou a solução: firmou convênio com a Cooperativa de Prestação de Serviços do Centro-Oeste (Coopcete) e está viabilizando, por meio de financiamento, a construção das casas. O imóvel, que a cooperativa promete entregar em 90 dias, pode ser pago em até 120 prestações fixas, descontadas no contracheque.

Casa própria é um direito que deveria vir com a Certidão de Nascimento. Mas enquanto não chega esse dia, que certamente virá, iniciativas como a do governo do Distrito Federal com seus programas habitacionais para as populações de baixa renda, policiais e servidores públicos, deveriam receber estímulos em outros estados. Conforme até a ONU já reconheceu, não há, por enquanto, melhor maneira de dar teto e cidadania a quem o destino negou a mão.

Todas as categorias precisam de tranqüilidade para desempenhar bem suas funções. Mais ainda a dos policiais, que lida com o que há de mais caro ao cidadão: a segurança. E uma boa segurança não se faz apenas com carros, armas e homens. O sucesso depende, também, da satisfação daqueles que saem à ruas para enfrentar bandidos, muitas vezes em desigualdade de condições.
É por isso que a iniciativa da Associação de Cabos e Soldados precisa ser louvada. O policial que sai do aluguel para a casa própria ganha serenidade e equilíbrio emocional, qualidades indispensáveis ao ofício. E há outro aspecto positivo nesta lição dos policiais militares: a de que não se resolve problemas esperando só pelo governo. Cada um tem de fazer a sua parte. Caminho que outras categorias devem seguir.


Colunistas

Claudio Humberto

FhC denunciado no exterior
Já que o presidente Fernando Henrique dá tanta importância a seu cartaz no exterior, o Sindicato dos Docentes de Ensino Superior decidiu levar à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA a denúncia de desrespeito à ordem judicial de pagamento dos salários dos professores em greve. Se a denúncia for acatada, o caso sobe à Corte Interamericana.

Campanha aberta
A influente assessora de imprensa de FhC, Ana Tavares, que detesta o ministro Andrea Matarazzo (Comunicação Social), está em campanha aberta para substituí-lo pelo amigo e ex-deputado José Abrão. Quase diariamente ela buzina, no ouvido do presidente, o nome do atual secretário-executivo do ministro Raul Jungmann (Reforma Agrária).

Questão de saúde
Heloisa Amélia Caiado curou-se, após longo e penoso tratamento, mas continua na luta dos mais de 4 milhões de portadores de hepatite C no Brasil. Ela representará o grupo Otimismo na Conferência Nacional de Vigilância Sanitária, a partir de hoje em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, onde se debaterá a política da Anvisa.

Pena alternativa
A 2ª Vara do Igarassu (PE) condenou um comerciante a doar materiais para a construção de dois banheiros no Fórum. Processado por porte ilegal de arma, o comerciante Isac de Melo Lima também seria obrigado a servir de motorista no Fórum se o Superior Tribunal de Justiça não lhe concedido habeas-corpus para a revisão de pena alternativa.

Traduzindo FhC
Frase do presidente-professor-sociólogo na Band: “O Brasil tem uma coisa mulher.” O que nosso mestre e doutor honoris causa provavelmente quis dizer, em relação à Roseana Sarney, é que o País talvez admire mulheres no comando, ou tenha alma feminina, uma “porção mulher”, sabe como é, “bicho”.

Best-seller
O presidente americano está tão obcecado em eliminar o líder dos talebans que encomendou um conhecido livro de Jorge Amado, assim que soube da sua existência: “Omar morto”.

Truta com guaraná
O engenheiro Francisco Hernandez, um dos maiores especialistas em parâmetros técnicos e medidas, aponta o erro na lata do guaraná Antárctica diet: “bebida dietética, com menos de 1,5 kcal, sem açúcar”. Na verdade, a bebida na latinha tem 1.500 calorias! A medida quilo é mil. Um quilo-caloria são mil calorias. Haja dieta.

Locupletem-se todos ou...
O eleitorado de Londrina (PR) está perplexo. Depois do escorraçado ex-prefeito Antônio Belinati (PL), agora o presidente estadual do PT, vereador André Vargas, admite que em 98 levou dinheiro (R$ 20 mil) do tesoureiro de Belinati. E pensar que a população elegeu o prefeito Nedson Micheletti, do PT, justamente para se ver livre da safadeza...

Pedreira
A agência de propaganda carioca Artplan ganhou a conta de R$ 8 milhões do Incra para decantar as proezas do governo federal, na área de Reforma Agrária. Haja criatividade.

Só deputado
O ministro Francisco Dornelles (Trabalho), o segundo deputa do federal mais votado no Rio, em 1998, nem cogita sua candidatura ao governo ou ao Senado. Tudo o que deseja é voltar à Câmara, pelo PPB.

A agonia da modernidade
O escritor e imortal Carlos Nejar lança terça, no Museu da República, no Rio, “O Selo da Agonia” (Editora Razão Cultural). Drummond de Andrade considerava Nejar um dos maiores poetas vivos da língua portuguesa. Em “Selo da Agonia”, ele faz crítica profunda aos rumos da modernidade, à perda de identidade do homem com o mundo e sua realidade imediata.

Honroso repúdio
Quando denunciou em seu livro “Cartas de um Parágrafo Só” (Editora Universitária, UFPE, 2001) o casuísmo dos vereadores que são funcionários públicos e recebem dois salários, o escritor Severino Melo não imaginava que incomodaria tanto. Ele foi honrado com um “voto de repúdio e indignação” na Câmara Municipal de Olinda.

Sem Brasil
Queixa de brasileiros residentes nos Estados Unidos: no nosso consulado-geral de Washington, não há uma só publicação do Brasil entre as muitas oferecidas a visitante que aguarda a vez de ser atendido.

Prosa e viola em Paris
O documentário inédito “Seu Agripino, o guardador de uma cultura”, do cineasta sul-mato-grossense Edson Audi, será exibido a partir de hoje na prefeitura de Paris e na embaixada brasileira. Seu Agripino, 83 anos, é muito popular no Pantanal, conhecido não só pelos “causos”, como pela fabricação artesanal da viola de coxo, esculpida do toco de uma árvore.

Graça divina
Pichação na parede perto de uma igreja no Catete, Zona Sul do Rio: “Se picha (sic) e (sic) pecado Deus me perdoi (sic).”

PODER SEM PUDOR

Fitinha salvadora
Walter Moreira Salles era ministro da Fazenda, nos anos 50, e recebeu o deputado Último de Carvalho, que foi reclamar a liberação de uma verba do seu interesse, bloqueada no plano de contenção (ou contingência). Salles mostrou a montanha de processos sobre uma mesa e lamentou:
– Se ao menos encontrássemos o seu processo, nesta Babel...
Carvalho deu dois passos e localizou o seu processo em segundos:
– Aqui está: marquei-o com uma fitinha vermelha...
E assim conseguiu liberar a verba.


Editorial

O festival de cinema

O 34º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que será encerrado amanhã com a noite de premiação no Cine Brasília, mostrou mais uma vez por que é considerado o mais amplo e importante do Brasil. Ele não se limita a exibir filmes na mostra competitiva e a convidar a cidade para um maior convívio com os artistas. Vai muito além.
O fato de não se limitar ao Plano Piloto já é uma coisa da maior importância. As sessões no Taguatinga Shopping mostraram que há público para o nosso cinema. O Festivalzinho, feito para as crianças, também foi um sucesso. O festival, porém, tornou-se ainda mais importante para a classe cinematográfica e para o público mais interessado em cinema com as mostras de curtas e do cine brasiliense e a realização de workshops, debates e seminários.
Essa programação tornou o Festival de Brasília o mais democrático e aberto entre os que se realizam atualmente no País. Uma das razões disso é a própria trajetória do festival, que nasceu um ano depois da chegada dos militares ao poder, enfrentou os anos mais duros da ditadura sem abrir mão da qualidade e do espírito crítico e chegou à abertura democrática cheio de vitalidade.
Um festival como esse ajuda a colocar Brasília no centro dos debates culturais mais importantes do País.


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11/26/2001


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