Exemplo de Josaphat é raramente seguido, lamenta Requião
A maior homenagem que se pode prestar à memória do jurista e ex-senador Josaphat Marinho, falecido no último fim de semana, é refletir sobre suas posições políticas, seu amor ao país e seu respeito aos interesses nacionais. A afirmação foi feita pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), ao lamentar que as convicções do jurista baiano não correspondam ao comportamento geral da classe política brasileira.
- Josaphat foi um excepcional senador, sempre elogiado e por todos respeitado mas, neste triste momento da história do Brasil, muito raramente seguido. Se seguirmos o seu exemplo construiremos um Brasil muito melhor - afirmou Requião. O parlamentar pelo Paraná ressaltou o convívio no Congresso com Josaphat Marinho, entre 1995 e 1998, e a constante coincidência de votos e posições entre os dois. Requião lembrou que, por ocasião do início da tramitação do projeto de Código Civil no Senado, seu partido, o PMDB o indicou para a relatoria da proposta. "Tive a sensibilidade, a inteligência e a decência para abrir mão da relatoria e sugerir o nome de Josaphat, indicado por unanimidade pela Comissão de Constituição e Justiça", acrescentou Requião, que, homenageado pelo próprio Josaphat, acabou relatando o Livro das Coisas, do Código Civil, relativo ao direito de propriedade.Roberto Requião disse esperar que as novas gerações se encarreguem de preencher o vácuo deixado por Josaphat Marinho "no Plenário do Senado, nas letras jurídicas e na política".
01/04/2002
Agência Senado
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