FABRICANTE DIZ QUE ARMA DE FOGO NÃO TEM VINCULAÇÃO COM CRIMINALIDADE



Em exposição às comissões de Constituição e Justiça e Cidadania e Relações Exteriores do Senado, o vice-presidente da Associação Nacional de Armas e Munições (Aniam), Antonio Marcos Moreira de Barros, disse não haver qualquer vinculação entre venda de armas de fogo e índice de criminalidade.
- Nos últimos cinco anos, as vendas de armas de fogo no Brasil caíram 80% enquanto os índices de criminalidade continuaram a subir. Em países como o Canadá, Nova Zelândia e Austrália há um número dez vezes maior de armas de fogo por habitante do que no Brasil, mas os índices de criminalidade são mínimos - enfatizou.
Segundo Moreira de Barros, a proposta de proibir venda e posse de armas de fogo no Brasil é simplista e não vai resolver o problema. "Pesquisa do Ibope com 2000 entrevistados mostrou que 88% afirmaram ser "muito fácil" comprar uma arma ilegal, enquanto 63% dos que possuíam armas argumentaram que não irão devolvê-las, mesmo que o projeto seja aprovado. Ou seja, a lei não será respeitada", afirmou.
Moreira de Barros lembrou haver mais de 500 mil vigilantes armados - totalmente despreparados no país - situação que não será modificada pelo projeto. "Todos sabem existir um número avassalador de armas de fogo "perdidas" por esses vigilantes. Ao lado disso, segungo ele, também policiais corruptos já montaram um verdadeiro supermercado de armas, especialmente de calibre 38, privativas das Forças Armadas. Além de desrespeitada, a lei será inócua", concluiu Moreira de Barros.

13/01/2000

Agência Senado


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