Fátima Cleide lembra Dia Internacional pela não Violência contra a Mulher



A senadora Fátima Cleide (PT-RO) lembrou o Dia Internacional pela não Violência contra a Mulher, comemorado neste dia 25 de novembro, seguindo proposta do 1º Encontro Feminista Latino-Americano do Caribe, realizado em 1981 em Bogotá, na Colômbia. Fátima Cleide explicou que a data foi escolhida porque, em 25 de novembro de 1960, na República Dominicana, sob a ditadura de Trujillo, as irmãs Mirabal, Minerva, Patrícia e Maria Tereza foram brutalmente torturadas e assassinadas.

A senadora fez um histórico da violência contra a mulher brasileira, uma trágica rotina desde a chegada ao Brasil dos conquistadores europeus. Fátima Cleide descreveu a violência, primeiro dos europeus contra as índias, depois contra as escravas trazidas da África e até os espancamentos, estupros e abusos de todo tipo da realidade contemporânea.

- No Brasil, a violência doméstica ou intrafamiliar ainda não está totalmente dimensionada. No fim da década de 80, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) constatou que 63% das vítimas das agressões físicas, ocorridas em espaço doméstico, eram mulheres - disse a senadora.

Fátima Cleide citou sete mulheres barbaramente assassinadas em seu estado, Rondônia, nos últimos anos, e disse que o estado tem a triste realidade da violência contra a mulher como um dado rotineiro. Homenageou, no discurso, nove mulheres de várias nacionalidades, algumas com história heróica, mortas de forma violenta, inclusive Olga Benário Prestes e Rosa Luxemburgo, e a menina brasileira Vanessa, de 9 anos, morta no conflito de Corumbiara, em 1995, em conflito por posse de terra.



25/11/2003

Agência Senado


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