BENEDITA LEMBRA O DIA INTERNACIONAL DA NÃO-VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER



O Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher foi lembrado nesta quarta-feira (dia 25) pela senadora Benedita da Silva (PT-RJ). A data foi escolhida em homenagem às irmãs Patria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, assassinadas há 38 anos na República Dominicana em conseqüência da participação de Minerva como líder de oposição ao ditador Rafael Trujillo, que durante 31 anos comandou aquele país centro-americano.Para Benedita, a violência contra a mulher é uma das faces mais terríveis da sociedade brasileira. Há uma tendência da sociedade, entretanto, de considerar este tipo de coação como um "crime menor".A senadora informou que 2.500 mulheres são mortas no país a cada ano, em crimes passionais. A cada quatro minutos, uma mulher é espancada no Brasil. Ela lembrou que meio milhão de mulheres são vítimas de violências domésticas e sexuais. Segundo Benedita, elas representam dois terços das vítimas de agressões a parentes, no Brasil. Dos agressores, 70% são pais biológicos e 30%, padrastos.A senadora relatou a evolução histórica dos direitos de cidadania até chegar ao sufrágio universal, que "afiançou um processo notável de corrigir, com os próprios instrumentos políticos, a estrutura de desigualdades da sociedade". Mas a senadora advertiu que as mulheres de classe baixa ainda se encontram "nas complexas estruturas dos excluídos, discriminados e vulneráveis da sociedade".- A questão democrática brasileira tem, no seu centro, a ampliação dos direitos humanos aos vários segmentos excluídos da sociedade, entre eles, as mulheres - afirmou. A senadora assinalou que, quando um filho bate na mãe, a sociedade condena seu gesto, mas somente enquanto um filho que agrediu a própria progenitora. Já quando essa mulher é espancada pelo seu esposo, companheiro ou amigo, ela dificilmente tem defesa.Benedita também recordou a luta pela instalação das delegacias de direitos da mulher em todos os estados, que enfrentou problemas até na escolha das delegadas, já que os delegados se consideravam discriminados.- A violência, por incrível que pareça, está no inconsciente dos seres humanos - disse.

25/11/1998

Agência Senado


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