Fernando Bezerra lembra sua luta contra o fim da Sudene



O senador Fernando Bezerra (PTB-RN) lembrou que sempre foi favorável à reestruturação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e que pediu para sair do comando do Ministério da Integração Nacional quando os ex-ministros Pedro Malan, da Fazenda, e Pedro Parente, da Casa Civil, propuseram ao presidente Fernando Henrique Cardoso a simples extinção do órgão.

Fernando Bezerra solicitou ao senador Ramez Tebet (PMDB-MS), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que pudesse fazer esse esclarecimento antes da sabatina do economista e consultor José Zenóbio Teixeira de Vasconcelos, indicado para dirigir a Agência de Desenvolvimento do Nordeste (Adene), já que era ministro na época em que o governo Fernando Henrique baixou o ato de extinção da Sudene.

Ele explicou que houve uma ampla negociação com os governadores do Nordeste em torno da proposta de reestruturar a superintendência e que eles insistiram em manter o nome da Sudene. Contou que o presidente da República não concordou, por achar que o nome estava contaminado com as denúncias de desvios de recursos, à semelhança do que ocorreu com a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

O relator da mensagem encaminhada pelo Executivo, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), defendeu Fernando Bezerra, ressaltando como ele foi incisivo na proposta de reestruturação do órgão que possuía, inclusive, atividades conflitantes com o Banco do Nordeste. O presidente da CAE, que também esteve à frente do Ministério da Integração Nacional, disse que o atual governo está cumprindo a promessa de recriar a Sudene e que espera votar brevemente a criação da agência de desenvolvimento do Centro-Oeste.

O senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que igualmente foi ministro da Integração Nacional, afirmou que de nada adianta recriar a Sudene se não houver recursos para fortalecer a atuação da nova autarquia.

- Ciro Gomes tem menos do que 10% do dinheiro que nós tínhamos. E aí não há milagre - criticou, comparando a atual situação orçamentária do ministério com a que ele e os outros dois senadores enfrentaram quando foram ministros.

Já o líder do governo no Senado, senador Aloizio Mercadante (PT-SP), ressaltou a importância das mudanças propostas no projeto de lei complementar de recriação da Sudene, citando a obrigatoriedade de as instituições financeiras indenizarem o Tesouro Nacional em caso de má gestão dos recursos do fundo de investimento.



05/08/2003

Agência Senado


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