Fernando Collor registra conferência em Paris sobre crise líbia



Em pronunciamento nesta segunda-feira (5), o senador Fernando Collor (PTB-AL) registrou a realização de conferencia diplomática em Paris, no último dia 1º, que discutiu a transição na Líbia e contou com a participação de mais de 60 países, entre eles o Brasil.

Fernando Collor explicou que a conferência, promovida pelas principais potências que dão apoio às forças rebeldes, contrárias ao regime do coronel Muamar Kadafi (Reino Unido e França) visou consolidar o reconhecimento do Conselho Nacional de Transição (CNT) e a legitimar o papel que as duas potências estão exercendo de mentores da nova liderança líbia. Também procurou mostrar como fato consumado a derrota de Kadafi, embora o CNT ainda não tenha o domínio completo da Líbia e persistam bolsões de beligerância no país.

A Conferência de Paris, disse Fernando Collor, representa a cristalização, no plano diplomático, da capacidade de intervenção da França e Reino Unido, que, embora não tenham contado com a ajuda norte-americana, mostraram poderio bélico e liderança política. O senador disse ainda que a Líbia tem pouco interesse para os Estados Unidos, mas que o país é estratégico para a Europa.

O Reino Unido e a França, avaliou Fernando Collor, tiveram função decisiva na revolta líbia não só por meio dos ataques aéreos da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan), mas também pelo envio de forças especiais e de agentes de informação, além de armas, munições e recursos financeiros.

Agora, observou Fernando Collor, esses países procuram manter presença firme e ativa no processo de reconstrução em que a Itália (antiga potência colonial) também tem muito interesse. Como exemplos de participação imediata na reconstrução. O senador citou a impressão de papel-moeda no Reino Unido, enviado para o CNT por aviões da Royal Air Force, e o acordo da estatal italiana de petróleo ENI, para fornecer gasolina ao novo governo em troca de suprimento futuro de petróleo líbio.

Além das perspectivas em torno do fornecimento de petróleo, Fernando Collor disse que o comércio e as obras de reconstrução estão na mira das potências líderes da operação contra Kadafi. O CNT, segundo ele, deverá ter uma atitude de gratidão em relação aos países que apoiaram a sua luta, uma vez que seus líderes têm declarado que, embora queiram respeitar os contratos vigentes, novos acordos favorecerão os países europeus amigos.



05/09/2011

Agência Senado


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