FHC diz que “quem quiser ser candidato que seja”









FHC diz que “quem quiser ser candidato que seja”
Numa espécie de desabafo, o presidente Fernando Henrique nega que a pré-candidatura de ministro Raul Jungmann tenha sido patrocinada pelo Palácio do Planalto

MOSCOU – O presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem, em Moscou, que “não é xerife da esquina” para dizer quem pode ou não ser candidato, ao negar que a pré-candidatura do ministro Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário) tenha sido patrocinada pelo Planalto para favorecer o ministro José Serra (Saúde).

FHC disse também que vai insistir na necessidade de manter a coligação que o elegeu e que “não há nada consolidado até agora” – referindo-se à possível candidatura da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL).

O presidente deu entrevista no Kremlin, onde ficará hospedado até a manhã de quarta-feira, quando segue para Kiev (Ucrânia).

Questionado se o ministro Jungmann era uma espécie de laranja de Serra, que é o candidato preferido pelo Planalto, o presidente afirmou: “Quem avisou a Serra que Jungmann seria candidato foi o ministro Aloysio (Nunes Ferreira, da Justiça), a meu pedido, no dia que eu soube, que foi segunda-feira. Serra nem sabia, estava na Europa, não tinha nem idéia”.

Segundo o presidente, “é preciso fazer menos suposições e buscar mais informação”. “O ministro Jungmann tomou uma decisão de se lançar porque há prévias no PMDB, e apenas me informou. Não vejo por que essa tempestade em copo dágua.”

FHC disse que encorajou a candidatura do ministro da Agricultura, Pratini de Moraes (PPB). “Quem quiser ser candidato que seja, nos vários partidos. As convenções são em junho, eu sou presidente da República, não sou xerife da esquina, para dizer você pode, você não pode.”

O presidente acrescentou: “Quando uma pessoa vem a mim e diz ‘eu estou querendo ser candidato do meu partido’, que aliás não é o meu, o que você quer que eu diga? Não seja, seja? Não, não. Cada um tem que assumir suas responsabilidades e não inventar jogadas que não existem”.


Raul Jungmann teme o isolamento do PMDB
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungmann (PMDB), previu ontem um isolamento do PMDB na aliança com o PSDB e o PFL e defendeu que o partido “jogue com as armas que tem” (condição de maior partido do País e tempo de televisão) para se garantir, de “igual para igual”, na disputa presidencial deste ano. O ministro sugeriu que o PMDB inicie um diálogo com partidos de oposição, como o PPS e o PSB, com a perspectiva de construir uma “outra maioria” para a sucessão presidencial. Jungmann é candidato às prévias do PMDB que decidirá o candidato do partido à Presidência da República.

Segundo avaliou, há uma forte tendência de crescimento da candidatura do ministro da Saúde, José Serra (PSDB) – prevista para ser lançada na quarta-feira (16) –, que irá se contrapor a uma queda ou estacionamento da candidatura da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL). Diante desse cenário, Jungmann vislumbra uma comunhão dos dois partidos, e o PMDB sendo “barrado no baile”.

“Esse é o cenário que se desenha e vai restar ao PMDB o quarto dos fundos. A chapa majoritária não passará pelo PMDB. Esse é um risco concreto. Por isso, as prévias são importantes. O PMDB estará cometendo um suicídio se não realizá-las”, alertou, durante solenidade de lançamento de algumas diretrizes do seu programa de governo

O ministro pretende incentivar os outros candidatos às prévias peemedebistas – Itamar Franco (MG) e Pedro Simon (RS) – a participarem mais do processo. A idéia é convocá-los para um debate. “Eles estão muito tímidos na defesa das prévias. É preciso torná-las uma coisa viva”, defendeu. O ministro almoça hoje com o presidente nacional PMDB, Michel Temer, quando defenderá que se intensifique a realização das prévias. Na quarta (16), Jungmann terá um encontro com o presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire.


Peemedebista escolhe o Nordeste como prioridade
Na primeira discussão sobre um futuro programa de governo, o presidenciável Raul Jungmann (PMDB) elegeu o Nordeste como prioridade e fixou metas audaciosas para solucionar os problemas da região, inclusive demarcando prazos para realizá-las. Reunido ontem com oito acadêmicos em economia, o ministro anunciou algumas de suas metas para acabar com a pobreza do Nordeste.

Na plataforma de governo de Jungmann estão as metas de “tirar todas as crianças das ruas”; ‘assegurar que nenhum sertanejo passe fome”; “estender o programa de saúde da família a todos os nordestinos com renda per capita inferior a R$ 100,00’, e “colocar nas escolas todas as crianças entre seis e 16 anos”.

Em defesa do chamado soerguimento do Nordeste, o ministro sugeriu a reformulação da extinta Sudene, hoje Adene. Jungmann anunciou que o presidente Fernando Henrique (PSDB) estará assinando um decreto, ainda esta semana, instituindo a formação de um grupo que estudará uma proposta consenso de funcionamento da Sudene.

O grupo – o ministro será um dos integrantes – vai estudar uma fusão das propostas sugeridas pelos ministérios da Fazenda e Integração Nacional e o substitutivo do deputado Pinheiro Landim (PMDB/CE).


Ciro Gomes e Brizola voltam a conversar sobre aliança
RIO – Depois de três meses de afastamento, o candidato do PPS à presidência, Ciro Gomes, e o presidente nacional do PDT, Leonel Brizola, reaproximaram-se ontem, durante encontro de cinco horas, no Centro do Rio. Brizola sepultou a possibilidade de aliança com Ciro no início de outubro, quando o ex-governador gaúcho Antônio Britto, inimigo do pedetista, filiou-se ao PPS. “Não se tratou dessa ordem de problemas, embora nós tenhamos reconhecido a importância das questões estaduais. Procuramos fazer com que os problemas regionais venham ajudar a questão nacional e vice-versa”, disse Brizola.

A reunião de ontem teve um caráter mais técnico, em torno de programa de governo. Ficou acertado que a Fundação Alberto Pasqualini, do PDT, apresentará sugestões ao PPS. As negociações políticas para formalização de uma aliança continuam hoje, durante reunião dos presidentes do PPS, senador Roberto Freire (PE), e do PTB, deputado José Carlos Martinez (PR), na casa de Brizola. “Bom seria que esses três partidos conseguissem formar uma aliança grande, até muito maior, com outras correntes, para construirmos um tomo para nosso País, evitarmos de cair na situação que caiu a Argentina, com esse programa neoliberal que está aí”, delcarou o líder pedetista.

Freire e Martinez também participaram da reunião de ontem seguida de um almoço na sede do Instituto de Desenvolvimento com Justiça, ligado ao PPS. O presidente do PPS fez questão de lembrar que Britto não foi lançado ao Governo do Rio Grande do Sul.
Segundo Ciro Gomes, o PPS recolherá sugestões e propostas de partidos, instituições e grupos organizados para o programa de governo até o fim de fevereiro, quando farão um novo esboço. O ex-ministro evitou falar no ingresso do PDT em sua campanha.


Rússia apóia Brasil na ONU
Um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU é uma antiga reivindicação do Governo brasileiro. Apoio será formalizado hoje, em Moscou

MOSCOU – A Rússia apoiará oficialmente a reivindicação do Brasil por um assento permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). O anúncio foi feito ontem pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, em entrevista coletiva no Kremlin, depois de desembarcar em Moscou para visita de três dias.

O apoio russo será formalizado numa declaração conjunta que os presidentes FHC e Vladimir Putin as sinam hoje, no Kremlin, às 14h (9h em Brasília).

“Essa decisão política do Governo russo é muito significativa, porque é o primeiro dos cinco países que têm direito a veto no conselho que concorda com isso”, disse FHC. Os países que são membros permanentes do Conselho de Segurança são Rússia, Estados Unidos, França, Reino Unido e China.

A Rússia já anunciou o mesmo tipo de respaldo para a Índia, seu tradicional parceiro no Sul da Ásia. O Governo russo é a favor da ampliação do número de cadeiras permanentes, com direito a veto, e também dos assentos rotativos, atualmente dez.

FHC disse que, na conversa que teve com o primeiro-ministro Kassianov, no mês passado em Brasília, viu muita coincidência no pensamento dos dois países, por exemplo, no que se refere ao combate ao terror nos moldes da ordem jurídica internacional. O presidente quis dizer que os dois países preferem que ações como a dos Estados Unidos no Afeganistão ocorram sob mandato da ONU, e não unilateralmente. A Rússia e o Brasil acreditam na multipolaridade.

Segundo Fernando Henrique, o presidente dos EUA, George W. Bush, reafirmou-lhe, em conversa telefônica na semana retrasada, motivada pela crise argentina, que assim pensava também, e lhe pediu que transmitisse a Putin seus votos de simpatia.

FHC chegou ontem a Moscou às 16h10 (11h10 em Brasília), encontrando uma temperatura de zero grau – mais amena que a dos últimos dias, que chegou a menos 23º C. Hoje, depois de um encontro reservado como Putin, vai receber o título de doutor honoris causa da Universidade de Moscou. Amanhã, encerra o seminário empresarial Brasil-Rússia. As relações comerciais ocupam lugar de destaque na programação da visita. FHC viajou acompanhado de 70 empresários, além dos 21 integrantes da sua comitiva. É a primeira visita oficial de um presidente brasileiro à Rússia.


Tribunais especiais abrem hoje
BRASÍLIA – Os tribunais federais de pequenas causas começam a funcionar hoje em 14 cidades brasileiras. Nos primeiros seis meses, a maioria dos Juizados Especiais da Justiça Federal vai julgar apenas processos previdenciários, como revisão de aposentadorias e pensões e benefícios que não foram concedidos. As sentenças não podem ultrapassar 60 salários mínimos – R$ 12 mil. A lei estabelece prazo de 180 dias para o julgamento dos casos e dois meses para o cumprimento da decisão.

No Rio e em Vitória, os tribunais já estarão julgando, além de ações envolvendo o INSS, processos de mutuários do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), servidores públicos federais e micro e pequenas empresas com reclamações sobre tributos federais.

Só a partir de julho os tribunais de São Paulo, da Região Sul e das cidades do Recife, João Pessoa, Aracaju, Natal, Maceió e Fortaleza estarão julgando todos os tipos de ações envolvendo a União. Os novos tribunais ainda estão sendo implantados nas regiões Norte e Centro-Oeste e parte do Nordeste (São Luiz, Salvador e Teresina). Em Brasília, o juizado deverá estar funcionando a partir de março.

Atualmente, uma ação leva em média cinco anos para ser julgada na Justiça Federal.


Colunistas

CENA POLÍTICA - Ciro Carlos Rocha

Os marqueteiros
A força dos marqueteiros está sendo, mais uma vez, destacada nos meios de comunicação de Norte a Sul do País, às vésperas de um novo episódio eleitoral. Quem sabe, até mais do que as figuras que formam a nossa fauna política. E não é para menos. Ou alguém duvida que a governadora Roseana Sarney (PFL), em que pese o seu charme de mulher madura, chegou ao ponto que está nas pesquisas apenas com a sua cara e o seu sorriso?

O trabalho dos magos do marketing político que moldam os candidatos, pontuando os aspectos que eles acham que a população (os eleitores) devem captar mais nos seus assessorados, já gerou até uma briga entre ‘aliados’. Tucanos tentaram atrair o festejado Nizan Guanaes, hoje trabalhando para o PFL de Roseana, mas não obtiveram êxito.

Como hoje é impossível imaginar o marketing e as pesquisas longe da política, a força dos ‘magos’ tende a crescer mais ainda . Só se espera que eles não exagerem na embalagem dos seus candidatos. Para que não terminem produzindo fortes decepções no futuro.

Um levanta, outro corta
Bom camarada, o prefeito em exercício, Luciano Siqueira (PCdoB), comentava, na semana passada, seu bom relacionamento com o titular João Paulo (PT). Dizia que sua interinidade será de calmaria porque, com eles, não há problema. “Nós somos como uma dupla de vôlei: um levanta, outro corta”, disse. Restou um sorriso amarelo quando alguém comparou sua performance com a do vice Maciel. Discretríssimos!

Muito cruel
Fernando Ferro (PT) foi cruel, muito cruel, ao comentar a pré-candidatura do ministro Raul Jungmann a presidente da República. Nunca imaginei que ele fosse protagonizar essa piada. Na última eleição que ele disputou, para o DA da Unicap, não foi bem sucedido”, ironizou.

Fôlego
A perplexidade diante da candidatura Jungmann, entretanto, não tira o mérito do perfil do ministro. Afinal, Jungmann completou uma década de serviços prestados ao Governo Federal, passando pelas gestões de Itamar Franco e Fernando Henrique. Fôlego, sem dúvida, ele tem...

Diniz vai à luta com a mesma cara
Diniz Cavalcanti (PMDB) iniciou campanha para renovar o mandato de deputado estadual, com um slogan supimpa: “ Diniz – a mesma cara: antes e depois das eleições”. O homem é sempre governista...

Arraes também já esboça seu discurso
A semana que passou deixou no ar o discurso que o ex-governador Miguel Arraes (PSB), candidato a deputado federal, vai usar daqui pra frente: “Fiz sem o dinheiro da Celpe”. Alimenta, irônico, a briga com o Palácio.

Baile cá, baile lá
Caciques da aliança jarbista vão fugir do Baile Municipal do Recife como o Diabo foge da cruz. Além do governador, confirmaram presença no Baile de Caruaru, que ocorre no mesmo dia – 2 de fevereiro –, Maciel, Mendonça pai e Mendonça Filho, Inocêncio e André de Paula.

Energia no Sertão
O prefeito Fernando Bezerra Coelho (PPS) sente de novo os ares palacianos. Hoje, às 10h, participa da assinatura do contrato para instalação da térmica emergencial de Petrolina, com o governador em exercício, Mendonça Filho, e o ministro José Jorge. Investimento de US$ 97 milhões.

O bloco carnavalesco Caranguejo no Caçuá já está nos preparativos para o tradicional desfile do domingo de Carnaval, em Olinda. Uma das alas mais concorridas será a “Se eu não te amasse tanto assim”, que será composta por duplas. Duas estão sendo convocadas: Jarbas e Arraes, João Paulo e Humberto Costa.

De um torcedor alvirrubro ilustre, comentando as informações sobre a candidatura do deputado Luciano Bivar (PSL) ao Senado, na chapa de Eduardo Campos (PSB): “Só quem vota é a torcida do Náutico”, ou seja, aquela que impediu o hexacampeonato do Sport. O que Bivar ainda vai ter que agüentar...

E por falar em futebol, pegou mal a decisão da Federação Pernambucana de, após a novela envolvendo o campeonato estadual, criar a Copa Jarbas Vasconcelos. Isso num ano eleitoral, com a possível candidatura do governador à reeleição. Não que Jarbas não mereça, mas foi um gol contra. Ou terá sido a favor?

O secretário de Defesa Social, Gustavo Lima, pode ganhar o troféu “Ofélia” 2002, uma referência àquela personagem que “só fala quando tem certeza”. Entrou no meio do bate-boca de Arraes com o Palácio justamente quando os jarbistas queriam que não se alimentasse mais essa briga. Que, agora só interessa aos socialistas. Bem diferente de 98.


Editorial

CRESCIMENTO RACIONAL

Depois da vitória obtida p elos moradores de Casa Forte, no Recife, em sua luta contra a proliferação dos espigões naquele bairro residencial, anuncia-se, agora, a pressão dos eleitores do município de Ipojuca, no litoral sul do Estado, para o cumprimento de uma lei ordenadora do crescimento imobiliário em seu litoral. Seria bom que o exemplo se generalizasse, atingindo toda a orla marítima de Pernambuco.

A Lei Municipal 1286/2001, talvez inspirada em dispositivo semelhante previsto na Constituição da Paraíba, limita em quatro pavimentos a altura dos prédios na faixa costeira das praias de Muro Alto, Cupe, Maracaípe, Toquinho e as nacionalmente famosas Serrambi e Porto de Galinhas. É bastante elogiável que os vereadores, tantas vezes criticados por sua falta de objetivos claros em defesa da comunidade, tenham tido tal inspiração, voltada para o futuro. Essa Lei ipojuquense, que estabelece um Plano de Regulamentação da Orla, representa um avanço extraordinário no sentido de se criar uma consciência ecológica respaldada pela ordem jurídica.

Tal como na legislação sancionada recentemente pelo prefeito do Recife, a legislação aprovada para impedir a futura construção de prédios de grande altura em praias cuja imagem turística é de lugares quase parasidíacos tem também suas limitações. Foi possível estabelecer limites de altura para as edificações em apenas 70% da orla marítima, já que os 30% restantes pertencem ao Complexo Industrial Portuário de Suape. A Lei também não abrange as zonas ribeirinhas dos rios Ipojuca e Sirinhaém.

Sabe-se que a legislação recifense permite prédios de até oito andares, em certos bairros, e deixou de lado as margens dos rios Capibaribe e Beberibe. Quanto às praias urbanas da capital, Pina e Boa Viagem, embora já estejam tomadas por um enxame de espigões, têm alguma vantagem sobre Copacabana, para dar apenas um exemplo, pois na decantada orla carioca há quarteirões inteiros com prédios confinados, prejudicando a circulação de ar nas ruas paralelas. No Recife, cada edificação pode ocupar apenas uma parte do terreno, abrindo espaço lateral para a brisa marinha. Isso foi regulamentado décadas atrás, antes que começasse a urbanização dos bairros respectivos.

A proliferação de espigões nas belas praias de Ipojuca, segundo afirmou um dirigente da Associação de Hotéis de Porto de Galinhas, iria "jogar por água abaixo tudo que foi feito para atrair turistas do Brasil e do exterior". E talvez o exemplo anime as populações dos demais municípios localizados no Litoral do Estado. Os estudos que resultaram na Lei 1286 envolveram a colaboração de técnicos da Prefeitura, da Fundação de Desenvolvimento Municipal (Fidem), do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e da Companhia Pernambucana de Meio Ambiente (CPRH), constituindo-se, pois, numa espécie de mutirão inter-institucional. A CPRH pretende municipalizar as suas funções de licenciamento e fiscalização, e está prevista a transferência do controle ambiental para vinte municípios do Estado, este ano.

Porto de Galinhas tem, na alta estação turística, aumentada a sua população de 5 mil para 80 mil pessoas. Parte desse crescimento populacional é de veranistas (possuem casa na praia e para lá se deslocam nos fins de semana ou nas férias), outra é constituída por visitantes que se hospedam em hotéis e pousadas, enquanto a parte maior é de banhistas que se deslocam com seus veículos, não dormindo no local, ou de jovens que erguem seus precários acampamentos à beira-mar. Neste últimos anos, o crescimento das seis praias de Ipojuca foi vertiginoso, daí o desejo de algumas construtoras em construírem edifícios de muitos andares, o que agora está proibido.


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01/14/2002


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