Filmes do Mercosul poderão ter cota de tela no bloco
Os países que integram o Mercosul - Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai - poderão adotar cotas para as produções cinematográficas dos quatro países em todos os cinemas do bloco. Uma proposta de recomendação nesse sentido será apreciada durante a próxima reunião da Comissão de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Esporte do Parlamento do Mercosul, segundo anunciou nesta segunda-feira (3) a presidente da comissão, senadora Marisa Serrano (PSDB-MS).
Durante a reunião desta segunda-feira, o diretor de Relações Internacionais do Ministério da Cultura do Brasil, Marcelo Dantas, apresentou um panorama das atuais iniciativas de integração no setor. Ele comentou a proposta - ainda em estudo no seu ministério - para que a cota de filmes nacionais atualmente adotada pelo Brasil, que reserva 28 dias aos filmes nacionais, se transformasse em uma cota do Mercosul, ampliada em mais alguns dias e extensível a filmes dos outros países do bloco.
A sugestão foi muito bem recebida pelos parlamentares que participaram da reunião. E a comissão decidiu então elaborar uma proposta de declaração a ser apreciada na próxima reunião no sentido de que todos os países do bloco adotem legislação semelhante.
- A nossa união não vai se fazer apenas a partir de questões fiscais, financeiras e econômicas. Ela vai ocorrer principalmente com a participação da população, em áreas como esporte, cultura e educação. E o cinema faz parte disso - afirmou Marisa.
Analfabetismo
A comissão aprovou proposta apresentada pelo senador Cristovam Buarque (PDT-DF) para que se realizem gestões junto aos Ministérios da Educação dos quatro países a fim de que cada um informe que planos adotou para erradicar o analfabetismo e que meios serão utilizados para alcançar esse objetivo.
- Vamos enviar pedidos de informação aos governos. Isso vai provocá-los a dizer se têm prazo para acabar com o analfabetismo e que prazo é este - disse Cristovam.
Foi adiada a votação de proposta apresentada por parlamentares paraguaios de constituição do Memorial da Guerra da Tríplice Aliança, ocorrida entre 1864 e 1870. O senador Romeu Tuma (PTB-SP) manifestou sua apreensão com o texto da proposta e questionou a utilização da palavra "genocídio" para referir-se à morte de milhares de paraguaios durante o conflito.
03/11/2008
Agência Senado
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