Fim de crimes como o de Realengo depende da educação, diz Cristovam
Ao comentar em Plenário o tiroteio em uma escola pública do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira (7), quando 12 crianças foram mortas e cerca de 20 ficaram feridas, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que o alvo do atirador foi uma escola porque hoje em dia a instituição inspira desamor e descrédito.
Na avaliação do senador, a filosofia que deve coordenar a maneira de impedir crimes desse tipo, além de outros considerados pequenos que acontecem todos os dias nas escolas, deve passar pela educação e pela valorização da escola, e não apenas pelo aumento do policiamento.
Cristovam defendeu ainda a adoção de cinco diretrizes para melhorar a educação brasileira: a criação da Agência Nacional de Segurança Escolar; da Secretaria Presidencial para Proteção da Criança e dos Adolescentes; de um Ministério da Educação de Base, que cuidaria do ensino até os 18 anos, transferindo-se a universidade para o Ministério da Ciência e Tecnologia; de uma carreira nacional para o magistério, deixando os professores de ser municipais ou estaduais e passando a ser federais; e do Programa Federal de Qualidade Escolar.
O senador se solidarizou com as vítimas do massacre no Rio e com todas as crianças que vão sofrer por causa do episódio. Ele conclamou o país a tomar as medidas necessárias "para que fatos como esse fiquem praticamente impossíveis".
- A saída é voltarmos a amar a escola, fazermos da escola um altar, e um altar da paz, e não uma vítima da violência. Nada vai pagar o que aconteceu nestes dias com essas crianças, com seus familiares, mas pelo menos teremos uma lição, a de que nenhum de nós pode dizer que não tem algum tipo de culpa. Nós todos temos culpa pelo que vem acontecendo com a escola brasileira.
07/04/2011
Agência Senado
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