Flávio Arns afirma que a esperança para o combate à corrupção está no próprio povo
A sociedade brasileira precisa influir nos desdobramentos da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, que revelou um esquema de corrupção e compra de deputados no âmbito do governo do Distrito Federal, disse nesta terça-feira (1º) o senador Flávio Arns (PSDB-PR). Para ele, disse que a sociedade organizada, em um co-mandato com seus representantes no Congresso Nacional, pode reverter o quadro de desesperança aberto com a "Caixa de Pandora" e transformá-lo em esperança.
- É essencial a organização da sociedade. Nada substitui o povo organizado, que tem objetivos claros no combate à corrupção, á violência, e elege as pessoas que representem de forma mais adequada e fiel os propósitos que considera como essencial - avaliou, classificando de "deprimentes e deploráveis" os vídeos nos quais os governador José Roberto Arruda (DEM) e deputados de vários partidos aparecem recebendo dinheiro das mãos de Durval Barbosa, ex-secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal, contra o qual pesam mais de 30 processos por corrupção.
Para o senador, o Senado deverá acompanhar as investigações a serem feitas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, instituições nas quais ele afirmou ter grande confiança. Flávio Arns ainda que os envolvidos no escândalo - que revela a existência de um mensalão no Distrito Federal - deverão ser "exemplarmente punidos". O senador, porém, salientou que isso só acontecerá se a população expressar sua indignação.
Bons exemplos
Flávio Arns salientou que a maioria do povo brasileiro é formada por "pessoas de bem", que diariamente trabalham por um Brasil melhor. Exemplificou com o caso de duas pessoas dedicadas à educação nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná, o reitor Vilmar Tomé, da Universidade de Santa Cruz do Sul, e Clemente Ivo Juliato, da Pontíficia Universidade Católica (PUC) do Paraná. Eles assumiram, respectivamente, os cargos de presidente e vice-presidente da Associação Brasileira das Universidades Comunitárias (Abruc), entidades sem fins lucrativos que, segundo Flávio Arns, "dão o melhor de si" pela educação superior no país.
O senador mencionou também as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) existentes em 2 mil municípios do país há 55 anos, que se dedicam à melhoria das condições de vida das pessoas com deficiência.
01/12/2009
Agência Senado
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