Flávio Arns propõe educação inclusiva e melhoria das escolas especiais



Cerca de 80% dos brasileiros com qualquer tipo de deficiência - que vai desde a surdez até desvios comportamentais - não estudam. A informação foi prestada pelo senador Flávio Arns (PT-PR) nesta quinta-feira (4) aos participantes do 12º Congresso da Federação Nacional das Associações Pestalozzi.

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Para combater esse problema, que classifica de "discrepância e ausência de solidariedade", Flávio Arns propôs ao governo federal a adoção de uma política voltada para pessoas com deficiência com dois eixos: educação inclusiva - com escolas de boa qualidade, nas quais os alunos possam, de fato, estudar e praticar todas as outras atividades comuns nos estabelecimentos convencionais de ensino, como esporte e lazer -, e melhoria das escolas especiais.

O 12º Congresso da Federação Nacional das Associações Pestalozzi, que teve início na última terça-feira (2), será encerrado nesta quinta-feira às 17h e está sendo realizado no auditório Petrônio Portela, do Senado. O evento tem o apoio da Frente Parlamentar do Congresso Nacional em Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, da qual o senador é membro.

Flávio Arns - que é pai de um filho com deficiência - abordou no congresso o tema Educação Inclusiva, Ética e Eqüidade. Defendeu mais amor e solidariedade para com os deficientes, a começar pela família, e exortou todos os membros de associações Pestalozzi e outras entidades, como as Associações dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes), a lutarem cada vez mais pelos deficientes, levando-se sempre em conta um quesito que considera primordial: a garantia dos direitos dos excepcionais.

O senador pelo Paraná também apresentou quatro pontos que considera prioritários para que as atividades com pessoas com deficiência tenham sucesso: permitir que possam expressar-se sobre todos os aspectos (a chamada auto-defensoria); ouvir a família; garantir os direitos humanos (incluindo pleno acesso à saúde); e buscar a inclusão social.

Ao final, Flávio Arns foi condecorado com a "Medalha da Rosa" entregue a pessoas, entidades ou órgãos governamentais que defendem ou lutam pela melhoria das condições dos deficientes.

Avanços

Outro senador que tomou parte do congresso da Pestalozzi, desta vez comoparticipante de uma mesa-redonda denominada A Pessoa com Deficiência e a Sociedade Capitalista: Valores, Consumo e Cidadania, foi Marco Maciel (DEM-PE). Ele destacou debates em torno das saídas concretas destinadas a facilitar o dia-a-dia dos deficientes, ao mesmo tempo em que enalteceu o trabalho das associações que militam no ramo, como a Pestalozzi, na busca da valorização dos portadores de deficiência.

Marco Maciel reconheceu que muitos avanços positivos na defesa das pessoas com deficiência ocorreram após a Constituição de 1988, mas admitiu que ainda existe muita coisa a ser feita em defesa desse segmento da população que, observou, atinge cerca de 27 milhões de pessoas em todo o país.



04/09/2008

Agência Senado


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