Flexa Ribeiro diz que Ana Júlia Carepa prejudica os policiais militares do Pará
Em pronunciamento nesta quarta-feira (19), o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) lamentou a escalada da violência no Pará e disse que a governadora Ana Júlia Carepa vem adotando medidas na área de segurança pública que desagradam aos integrantes da Polícia Militar (PM) do estado.
- A governadora mudou, por decreto, as regras de promoção dos oficiais da Polícia Militar do estado, em desrespeito à hierarquia militar, promovendo o destroçamento de comando e divisão da corporação - afirmou.
Flexa Ribeiro disse que Ana Júlia Carepa, invocando a condição de comandante supremo da PM e do Corpo de Bombeiros, desobrigou-se, pelo Decreto 397/07, de observar a posição de cada oficial na lista de promoções organizada pela corporação para, a seu critério, promover oficiais aos postos de coronel, tenente-coronel e major. O senador disse que a governadora fez uso dessa competência para promover o irmão do chefe da Casa Civil do governo estadual.
- A PM do Pará está dividida entre um grupo encastelado no palácio do governo, ironicamente chamado de 'Talibã', liderado pelo chefe da Casa Militar da governadora, e outro de oficiais desmotivados e desencantados com a ação entre amigos que favoreceu a promoção ao posto de coronel de oficiais sem os requisitos exigidos - lamentou.
Em seu discurso, Flexa Ribeiro adiantou que o PSDB pretende requerer a inconstitucionalidade do Projeto de Lei 241/07, de autoria do Executivo local, caso a governadora sancione a matéria, que institui o serviço auxiliar voluntário na PM paraense. A proposta foi aprovada na Assembléia Legislativa do Pará no último dia 11, com votos contrários das bancadas do PSDB e PV. Na avaliação do senador, o projeto cria uma "PM temporária" e burla a exigência de concurso publico para a contratação de pessoal.
- O projeto permite ao estado contratar, de forma imediata e sem concurso público, voluntários civis para o serviço de guarda de imóveis estaduais, estabelecimentos prisionais e de quartéis da corporação. O paradoxo é que o serviço voluntário será remunerado. Os voluntários receberão dois salários mínimos, assistência médico-odontológica, alimentação, uniforme e porte de arma de fogo em serviço e contagem do tempo de serviço como título em serviço público - criticou, acentuando que o governo paraense pretende viabilizar a contratação de 4 mil voluntários com o projeto.
19/12/2007
Agência Senado
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