Fogaça anuncia que Brasil vai ensinar português em Timor Leste
O senador José Fogaça (PPS-RS) informou, em entrevista à Rádio Senado, que considerou positivo o recente encontro entre os presidentes dos países que formam a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), ocorrido em Brasília, no início deste mês. Fogaça elogiou a decisão, anunciada pelo presidente do Timor Leste, Xanana Gusmão, de que aquele país - que conseguiu sua independência da Indonésia recentemente - escolheu o Brasil para realizar o trabalho de ensino da língua portuguesa em Timor.
Para Fogaça, a tarefa é relevante para resgatar Timor para o idioma, que há cerca de 500 anos foi adotado naquele país e, hoje, é falado usualmente por apenas 10% da população, enquanto os demais habitantes utilizam vários dialetos. Para Fogaça, a decisão também é fator de estabelecimento de -uma ponta, um pé do Brasil naquela região da Ásia-.
O senador ressaltou ainda o acordo firmado entre as nações que têm a língua portuguesa como idioma oficial que estabelece a criação da cidadania única, por meio da qual os cidadãos terão trânsito livre, sem entraves burocráticos, pelos países da comunidade.
O único presidente que não assinou o acordo foi o de Moçambique. Os demais, do Brasil, Portugal, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Angola e Timor Leste concordaram com os termos do acordo, que prevê um desenvolvimento integrado para os países membros.
Ele informou ainda que, no contexto da CPLP, o Brasil é o país com a maior economia, maior população e o maior território. No total, considerando todos os países da nova comunidade, mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo falam a língua portuguesa como idioma oficial, entre as quais 87% são do Brasil.
15/08/2002
Agência Senado
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