Fogaça defende critérios para voto na eleição presidencial



Ao relatar nesta segunda-feira (3) conversa que teve com estudantes gaúchos sobre critérios objetivos para escolha consciente entre os candidatos à Presidência da República, o senador José Fogaça (PPS-RS) citou cinco: governabilidade, austeridade fiscal, maleabilidade ideológica, competência administrativa e comprometimento com reformas do Estado.

Fogaça afirmou que a combinação desses cinco conceitos pode ajudar um eleitor a fazer sua escolha de maneira mais racional. Ele fez questão de explicar não estar fazendo qualquer juízo de valor sobre os quatro atuais postulantes ao cargo. "Cabe, a cada eleitor, julgar se os candidatos preenchem ou não estes requisitos, cuja relevância pontual é estritamente pessoal", disse.

Para o senador, é particularmente importante que o futuro candidato faça as alianças políticas necessárias para assegurar sólido apoio governamental, sem o qual nenhum presidente pode governar. "Basta recordar o destino dos dois únicos presidentes que, em tempos modernos no Brasil, não conseguiram obter maioria parlamentar: Jânio Quadros e Fernando Collor", disse.

Em relação à austeridade fiscal, Fogaça disse estar fadado a gerar crises econômicas e financeiras no país o governo que não tiver capacidade de administrar com controle de gastos. "Precisamos distinguir as promessas viáveis dos candidatos daquelas que estão cheias de ilusões", advertiu.

O senador pelo Rio Grande do Sul considerou o "ideologismo" como uma verdadeira camisa-de-força que impedirá um candidato de exercer sua liberdade de definir seu governo. "Um presidente precisa estar sempre apto a ser livre em suas escolhas e decisões", aconselhou.

Segundo Fogaça, os candidatos precisam manifestar coerência e competência, não podendo ter a arrogância de pretender dominar variáveis da economia que estão fora do controle do governo. "Juros mais baixos levam à inflação mais alta, portanto não há coerência em prometer juros mais baixos e inflação menor também", apontou.

No capítulo das reformas estruturais do Estado, Fogaça ressaltou que ele escolheria, sem hesitar, um candidato comprometido com a continuidade e aprofundamento das reformas, em especial a tributária. "Depois dos altos custos das reformas para governo e sociedade, não faria qualquer sentido se proceder à estagnação estrutural do país", concluiu.



03/06/2002

Agência Senado


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