FOGAÇA: FUTURAS GERAÇÕES GAÚCHAS AMARGARÃO DECISÃO DA FORD



O integração do estado gaúcho no processo de modernização industrial do país sofreu sério revés com a decisão da Ford de "desistir do Rio Grande do Sul", disse nesta terça-feira (dia 4) o senador José Fogaça (PMDB-RS) "em nome de todos os gaúchos". O fato será "um marco negativo na história do estado, lembrado amarga e tristemente pelas futuras gerações", enfatizou.- O 30 de abril de 1999 irá para a história como um dia fatídico - insistiu.O projeto da Ford desdobrava-se em pelo menos quatro anos, representava grande inovação no parque industrial sulista e, conforme contrato firmado com o governo estadual anterior, implicava a concessão de incentivos fiscais e uma linha de financiamento, disse.O contrato, acrescentou, exigiria dispêndios do governo, mas a maior parte deles "se traduziriam em obras de interesse social de amplo alcance", como a duplicação da BR-116 no trecho Porto Alegre/Guaíba, a construção do trevo de entrada e do terminal rodoviário do município de Guaíba e a instalação da Escola Técnica Henry Ford, em que professores e técnicos americanos repassariam tecnologia e know how a secundaristas e técnicos gaúchos.Fogaça relatou que, a pedido do governador Olívio Dutra, o presidente da Assembléia Legislativa contatou o presidente da Ford no Brasil para tentar reverter a decisão do dia 30. Este declarou que, "mais do que o rompimento do contrato, desistia por causa do tratamento recebido", afirmou o senador. Conforme Fogaça, o presidente da Ford teria reclamado da desconsideração, apequenamento e ofensas recebidos por parte do governo estadual.

04/05/1999

Agência Senado


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