Fogaça e Bogo próximos da decisão
Fogaça e Bogo próximos da decisão
Senador pensa se melhor alternativa é sair do PMDB e ex-governador decide situação no PSDB
A seis dias de se encerrar o prazo estabelecido pela lei para o troca-troca visando às eleições do próximo ano, duas lideranças gaúchas ainda estão indecisas sobre a conveniência de se manterem em seus partidos: o senador José Fogaça, do PMDB, e o ex-governador Vicente Bogo, do PSDB. Até ontem, Fogaça não havia definido o seu futuro político. Após se reunir com amigos sexta-feira, na região Metropolitana, e sábado, em Porto Alegre, com lideranças do PMDB que lhe fizeram ponderações sobre a troca pelo PPS, preferiu passar o domingo com a família pensando qual a melhor alternativa.
Já Bogo garantiu que, no máximo até amanhã, comunicará a sua decisão. Ele fez questão de ressaltar que não está leiloando a saída do PSDB. Argumentou que a possibilidade de trocar de partido surgiu após debater com PMDB, PDT e PTB a formação de núcleo baseado em programa conjunto de desenvolvimento para o Estado, fugindo do maniqueísmo e da bipolarização política. 'Minha discussão inicial não era a troca de partido, mas a construção de um projeto. Porém, nas conversas que mantive, flexibilizei a minha posição por entender que há dificuldades em aceitar composição com o PSDB em função do governo federal', explicou. Bogo encerra hoje rodada de discussão com os partidos, em novas reuniões. 'Admito sair do PSDB dentro de uma estratégia para 2002', ressaltou o ex-governador. As mudanças ocorridas semana passada, com a saída do vereador José Fortunati do PT para disputar um cargo majoritário pelo PDT e do grupo de dissidentes peemedebistas, que trocou o partido pelo PPS, deverão ser finalizadas no Estado com os anúncios de permanência ou não de Fogaça e Bogo nos seus partidos.
A volta do ex-governador Leonel Brizola, do PDT, para concorrer a um cargo eletivo pelo Rio Grande do Sul está descartada devido a problemas de legislação, pois o prazo para transferência do título já se esgotou. As investidas da direção estadual para que transferisse domicílio eleitoral do Rio de Janeiro para Porto Alegre foram superadas pela filiação de Fortunati, potencial candidato trabalhista ao Palácio Piratini.
Bernardi propõe aliança ao PFL
O presidente estadual do PPB e candidato a governador, Celso Bernardi, convida hoje o PFL a integrar uma coligação às eleições de 2002. A proposta será apresentada ao presidente estadual do PFL, deputado Germano Bonow, em reunião às 10h na Assembléia Legislativa. Bernardi ressalta que os dois partidos têm histórias de alianças positivas e programas partidários semelhantes. 'Eu consegui unir o PPB em torno do meu nome e agora quero aglutinar partidos que desejem um projeto de desenvolvimento comum para o Estado', afirmou Bernardi. À tarde, ele será recebido pelo governador Olívio Dutra no Palácio Piratini e pedirá que técnicos do PPB tenham acesso a informações sobre as secretarias para desenvolver o programa de governo do PPB. 'Acredito que um governo que prega a transparência e a participação não terá dificuldades em fornecer esses dados', disse Bernardi.
Bonow esclareceu que esse é o primeiro encontro para tratar especificamente da campanha do próximo ano. 'Não existem entraves à aproximação com o PPB, mas devemos levar em conta a questão nacional, que balizará os contextos regionais', salientou Bonow. Segundo ele, um dos nomes que podem participar de chapa majoritária com o PPB é o ex-jogador de vôlei da Seleção Brasileira Paulo Jukoski, o Paulão, que atualmente presta assessoria ao ministro dos Esportes, Carlos Melles, em Brasília.
Amin lidera a pesquisa em SC
O governador de Santa Catarina, Esperidião Amin, do PPB, lidera a pesquisa A Notícia/Instituto Mapa para o governo do estado, com 47% das intenções de voto. O mesmo desempenho é alcançado pela prefeita de Florianópolis, Ângela Amin, também do PPB, se ela resolver concorrer ao cargo no lugar do marido. O prefeito de Joinville, Luiz Henrique da Silveira, do PMDB, obteve 23%, ficando em 2O lugar na disputa com o governador. Na 3a posição, aparece o prefeito de Chapecó, José Fritsch, do PT, com 11%. A pesquisa apontou que não haveria a necessidade de realização de 2O turno, pois Amin teria percentual acima da soma dos adversários. O número de indecisos e de eleitores dispostos a votar em branco chega a 18%. Na pesquisa espontânea, Amin aparece com 22% da preferência. Luiz Henrique foi lembrado por 10% dos entrevistados e Ângela, por 3%. Os petistas Fritsch, Décio Lima (prefeito de Blumenau), e Carlito Merss (deputado federal) ficaram com 1% cada, mesmo percentual do ex-governador Paulo Afonso Vieira, do PMDB. Foram ouvidas 1.320 pessoas entre 21 e 27 de setembro.
Por enquanto, Amin não fala sobre a sua candidatura à reeleição. Vem declarando que somente depois do Carnaval aceitará tratar do assunto. Como pré-candidato do PMDB, Luiz Henrique está licenciado do cargo de prefeito para se dedicar à formação de alianças. O nome de Fritsch é cotado ao governo, mas o PT não começou a discussão.
Candidato deverá se filiar até o dia 6
A Lei Orgânica dos Partidos Políticos prevê que, para concorrer a cargo eletivo, o candidato deve estar filiado há, pelo menos, um ano antes das eleições. O Tribunal Superior Eleitoral decidiu que os candidatos têm até a meia-noite do dia 6 para se filiar ao partido pelo qual pretendem concorrer em 2002. Porém, há a exigência de dois dias para que a filiação seja extinta do cadastro eleitoral, antecipando o prazo para o dia 4. Quem trocar deverá comunicar ao partido atual e ao juiz de sua zona eleitoral para cancelar a filiação. Se isso não ocorrer, fica configurada dupla filiação, sendo ambas consideradas nulas para todos os efeitos. Novas regras na legislação eleitoral, como fidelidade partidária, também precisam ser votadas até o dia 6 para valerem nas eleições de 2002.
Ciro chega hoje a Porto Alegre
O candidato à Presidência da República pelo PPS, Ciro Gomes, criticou a permanência do governador de Minas Gerais, Itamar Franco, no PMDB, afirmando que ele não deveria correr o risco de, como uma pérola, ser jogado aos porcos. A frase foi dita sábado à noite, em programa de televisão. Ciro chega hoje a Porto Alegre e ficará até quinta-feira no Estado, cumprindo agenda pelo Interior e pela região Metropolitana. O desembarque está previsto para as 15h30min, no Aeroporto Salgado Filho. Às 17h, ele visita a Câmara Municipal de Porto Alegre e, à noite, participa de encontro do PTB em Garibaldi. Terça-feira, Ciro tomará café da manhã com empresários de Caxias do Sul, retornando a Porto Alegre, onde assistirá à filiação dos oito políticos que deixaram o PMDB semana passada. Às 19h30min, fará palestra na Associação Comercial de Lajeado. Ciro visitará quarta-feira Novo Hamburgo, Guaíba e Cachoeira do Sul. Ele deixará Porto Alegre na quinta-feira.
Collares defende ao governo Fortunati
O deputado federal Alceu Collares, do PDT, lançou no final de semana, durante encontro regional do PDT em Carlos Barbosa, o vereador José Fortunati ao governo do Estado em 2002. O ex-governador disse estar convencido de que Fortunati, que trocou semana passada o PT pelo PDT, representa a melhor adesão que o trabalhismo conquistou no Rio Grande do Sul nos últimos tempos. 'Os companheiros do interior do Estado receberam muito bem o ingresso de Fortunati nas fileiras do trabalhismo', garantiu. Collares salientou que o nome do vereador ganhou mais força no Estado após a oficialização de sua filiação partidária. 'O PDT tem condições de ganhar a eleição com Fortunati e tirar o PT do Palácio Piratini no ano que vem', ressaltou Collares.
Conselho envia pedido para cassação de Jader
A mesa diretora do Senado recebe hoje o pedido do Conselho de Ética para a abertura do processo de cassação do senador Jader Barbalho, do PMDB. À noite, está marcada reunião para definir o relator do processo. Os favoritos são Carlos Wilson, do PTB, e Antônio Carlos Valadares, do PSB. Porém, ele deverá ter pouco trabalho. Ninguém duvida na Casa que Jader renunciará antes que o processo seja aberto. Isso poderá ocorrer até amanhã.
LEGISLATIVO
O presidente da Câmara de Vereadores de São Luís, Ivan Sarney, do PMDB, foi intimado a demitir até quinta-feira 1.100 dos 1.636 funcionários do Legislativo da capital maranhense. Ao contrário do que determina a Constituição, eles foram contratados sem concurso público. Se Ivan, irmão do senador José Sarney, não cumprir a decisão, o Ministério Público Estadual pedirá judicialmente o bloqueio do repasse mensal de verbas do Executivo para a Câmara e a indisponibilidade dos bens do vereador.
PMDB indica Simon ao Piratini
O senador Pedro Simon terá o seu nome indicado para concorrer ao governo do Estado hoje à noite, durante reunião do diretório municipal do PMDB, na Câmara Municipal de Porto Alegre. A proposição é do vereador Sebastião Melo, que acredita na necessidade de o partido apresentar candidatura consistente para não perder filiados. 'Se não definirmos um candidato forte ao Palácio Piratini, correremos o risco de perder militantes. Simon é nome de unidade partidária. Nem precisará disputar prévia', analisou Melo. Segundo ele, no caso de Simon se recusar a concorrer a governador, o PMDB escolherá entre o deputado federal Mendes Ribeiro, o presidente estadual, deputado federal Cezar Schirmer, o deputado federal Germano Rigotto e o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha. O encontro se inicia às 19h e reúne as bancadas municipal e estadual, lideranças e filiados. A nominata a deputados estaduais e federais também será apresentada.
PSB de Belo Horizonte faz eleição em praça pública
Por causa de uma determinação da Justiça Eleitoral, a eleição do diretório do PSB de Belo Horizonte foi realizada em praça pública. O presidente do partido e secretário municipal, Reinaldo Melgaço, fechou a escola onde aconteceria o congresso e impediu a votação. Segundo ele, o PSB sofreu sexta-feira intervenção da executiva estadual devido a denúncias de irregularidades nas prestações de contas.
PT realiza 2º turno para escolher suas direções
As direções estadual e municipais do PT serão decididas, em 2º turno, no próximo domingo. Disputam a sucessão do presidente do partido no Estado, Júlio Quadros, os candidatos da corrente Articulação de Esquerda, David Stival, e do PT Amplo e Democrático, Paulo Ferreira. Em Porto Alegre, concorre à reeleição o atual dirigente, Valdir Bohn Gass, da corrente Democracia Socialista, e Adroaldo Corrêa, da Articulação de Esquerda. A votação ocorrerá das 9h às 17h.
Roseana rejeita ser vice em chapa à Presidência
A partir de hoje, no horário de propaganda gratuita do PFL, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney, aparece rejeitando a idéia de ser candidata a vice-presidente da República, em aliança com partidos que apóiam o governo Fernando Henrique Cardoso. Aparecer em 2º lugar em pesquisas, atrás apenas de Luiz Inácio Lula da Silva, e continuar considerada boa candidata a vice representa, segundo Roseana, preconceito contra a mulher
Sarney relembra quando tomou posse no Planalto
Dez anos após sua passagem pelo Planalto, o senador José Sarney disse que a Presidência da República é um lugar perigoso e o cargo tem o poder de expulsar pessoas sem estrutura para exercê-lo. Lembranças de março e abril de 1985, antes de se tornar presidente, quando Tancredo Neves estava hospitalizado, foram publicadas no volume 'Sarney, o Outro Lado da História', organizado pelo jornalista Oliveira Bastos e editado pela Nova Fronteira
Artigos
CORREIO, ANO 107
Walter Galvani
Os jornais, como aquelas velhas senhoras conformadas com o passar dos tempos, sempre que completam um aniversário, anunciam-se já no novo ano. Fundado em 1895, quando faltava ainda um pouco para o final do século XIX, o Correio do Povo já corre, pois, no seu 107O ano.
Certa vez, para demonstrar que os formatos não são eternos, descrevi em meu livro 'Um Século de Poder - Os Bastidores da Caldas Júnior', editado em 1994 e utilizado, graças a Deus e aos bons professores, em muitos cursos de Jornalismo e em pós-graduação em Comunicação Social, que o velho Correio estava em seu oitavo tamanho diferente. De fato, o que importa é a proposta, o projeto e a sua execução, o conteúdo e o resultado.
Foi logo depois que começou a circular vitoriosamente em Porto Alegre, onde já existiam oito jornais diários, no dia 1O de outubro de 1895, que o Correio decidiu se alastrar para o interior do Estado e defender o slogan de 'o jornal de maior circulação e tiragem do RS'. Depois disso, só fez crescer. Já em mãos do dr. Renato Ribeiro, aquele jornalão a que os porto-alegrenses estavam acostumados mudou para o formato tablóide (26/5/1987), como é hoje. Em seguida, criou duas plantas de impressão, uma em Carazinho e outra em São Sepé, para fazer com que o produto alcançasse a casa dos seus assinantes logo que o galo cantasse.
Pessoalmente, também me acostumei com o Correio, pois, como tantos outros de minha geração, em suas páginas me alfabetizei. Logo logo, foi meu emprego, quando cheguei à Capital para encetar a carreira jornalística, apenas esboçada em Canoas, minha terra natal. E hoje, na Rádio Guaíba, faço com que persista uma ligação que já vai para os 46 anos. Em suas redações aprendi a ser gente e a receber todos os interessados em defender e promover a comunidade, representantes de todas as correntes políticas e sempre ouvindo os dois (ou mais?) lados de qualquer questão. É o que seguimos fazendo. E, entre as muitas histórias que narramos, está aquela da morte do papa Pio XII, que só foi aceita como real pela população depois que 'saiu no Correio do Povo'.
Esse é o patrimônio que temos e que nos compete preservar e defender. Pelo jeito, a tarefa será passada aos nossos sucessores e, lá pelo ano 2095, quando das festas do bicentenário, os estagiários da época estarão revolvendo a coleção e descobrindo como foi que agimos nestes anos todos. Só isso já nos estimula a manter o mesmo estilo.
Colunistas
Panorama Político/A. Burd
ESTOURA PRAZO DE BRIZOLA
A transferência do título deve ocorrer até um ano antes da eleição, mas o candidato precisará comprovar que já mora no novo domicílio há, pelo menos, três meses. Portanto, o prazo é de um ano e três meses. Dessa forma não há como cogitar da candidatura de Leonel Brizola ao governo do Estado em 2002. Caso idêntico ocorreu em 1999, quando Fernando Collor tentou trazer o título de Maceió para concorrer à Prefeitura de São Paulo. A Justiça negou alegando a inexistência do novo domicílio pelo prazo mínimo de três meses. Quanto à filiação, os partidos podem fazer constar mais do que um ano de prazo para que os filiados concorram, indo além do mínimo exigido pela lei. Nenhum é tão rigoroso a ponto de exceder por mais de um ano.
BALANÇOU
Apoiadores da primeira campanha de José Fogaça a deputado estadual, em 1978, fizeram apelo para que permaneça no PMDB. Era à época professor de cursinho pré-vestibular e apresentador de TV.
NÃO REAGEM
A maior prova das desavenças no PSDB é a passividade com que as lideranças encaram a provável saída de Vicente Bogo do partido. Dá a nítida impressão do 'quanto menos gente no ninho, melhor'.
VAI PEGAR FOGO
Com documento de Leonel Brizola nas mãos e depois de reunião na casa de Pedro Ruas, ontem, o PDT vai querer ouvir respostas do presidenciável Ciro Gomes às perguntas: 1) Qual o perfil dos políticos que o PPS tem trazido para o partido? 2) Quando defendeu os Cieps? 3) Por que não fala abertamente no fim das privatizações e revisão das já realizadas? 4) Por que as críticas ao governo federal são tão superficiais?
AMBIENTANDO-SE
O vereador José Fortunati fez, no fim de semana, a primeira incursão como filiado do PDT, indo às reuniões de coordenadorias em Portão, Veranópolis e Carlos Barbosa. Esta semana, vai se dedicar a contatos com órgãos de ponta do partido e ajudar a fortalecer o núcleo sindical.
DE MAL A PIOR
José Serra cogita deixar o Ministério da Saúde e voltar ao Senado para assumir publicamente o papel de candidato ao Planalto. Se com o poder da caneta na mão anda mal nas pesquisas, imagine-se o que acontecerá em meio a 81 senadores.
SEM PICUINHAS
Do deputado Bernardo de Souza sobre o impasse surgido na ocupação de poltronas do plenário da Assembléia Legislativa: 'Quero sempre ser a solução, nunca o problema'. Reconhecidamente, um gentleman.
O QUEM VEM POR AÍ
A diretoria legislativa da Câmara de Porto Alegre distribui hoje as cópias do projeto do IPTU progressivo, munição para o debate. O Executivo está preparado para passar o trator, isto é, aprovar sem dificuldades.
ESCOLHIDO
Após fracassarem tentativas com os deputados Jorge Gobbi e Cézar Busatto, contatos de ontem confirmaram João Luiz Vargas como relator da comissão especial da Assembléia Legislativa que examinará a previdência social dos servidores estaduais. Enfrentará um dos mais crônicos problemas da Fazenda.
SEM ACORDO
Câmara terá até dia 10 para apreciar vetos do Executivo ao projeto da nova previdência municipal. O mais polêmico, que deverá ser derrubado, refere-se à consulta aos interessados. Briga irá para a Justiça.
APARTES
Convém tirar poeira do Plano Sayad. Sobretudo quanto à previdência social do servidor estadual.
Assembléia Legislativa votará amanhã projetos sobre transgênicos.
Prefeito de Rosário do Sul, Glei Menezes, reassumiu após 2 meses.
Orçamento da Bahia para 2002 será de R$ 10 bilhões, ficando R$ 2 bilhões abaixo do Rio Grande do Sul.
Com seis deputados, bancada do PPS gaúcho será a 2ª maior do país. Perde para Pernambuco com sete.
Bancada do PMDB na Câmara de Uruguaiana está reduzida à metade: saíram Telmo Saltz e Mauro Brum.
Xuxa fará campanha por sua tia Cleci Meneghel, candidata do PL à Câmara dos Deputados pelo Rio.
Tempero indispensável da noite: Câmera 2, às 22h30min, TV Guaíba.
Roseana Sarney foi guitarrista da banda da cantora Alcione.
Países vizinhos do Afeganistão já mudaram os seus nomes: Cadequistão, Ondeéquistão e Aquinãoestão.
Editorial
O CONGRESSO E O TERRORISMO
Alguns projetos em tramitação no Congresso, relacionados com o tema segurança, precisam, agora, diante do temor mundial pelas agressões terroristas, como aconteceu dia 11 deste mês nos Estados Unidos, tramitar com a maior brevidade possível. Basta citar uma das propostas do Executivo para que se tenha a precisa noção da importância delas, num momento em que se torna indispensável a reunião de meios para a prevenção contra o terrorismo. Um dos projetos em pauta é o que aumenta o policiamento nas fronteiras, reduz a pena para quem colaborar com a Justiça e autoriza a escuta telefônica para casos de suspeita de terrorismo.
É verdade que o Congresso não se ausentou por inteiro das preocupações com o terrorismo. Além de condenação imediata dos atos terroristas contra os Estados Unidos, o presidente da Câmara, deputado Aécio Neves, pediu, e foi atendido pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, uma reunião de emergência do Conselho de Defesa, da qual resultou uma análise das conseqüências da crise mundial que se instalou, notadamente no plano econômico. Agora, contudo, a indicar que cabe ao Congresso um papel importante no momento, o presidente Fernando Henrique, em conversa com os presidentes da Câmara, Aécio Neves, e do Senado, Ramez Tebet, solicitou que o tema seja reintroduzido na agenda política. Ao colégio de líderes, na Câmara, caberá destacar os projetos mais importantes na área de defesa e segurança institucional.
No Senado, contudo, para um tema tão importante como o da discussão que envolve o país em possíveis decisões que terão de ser tomadas em caso de conflito internacional, é necessário amainar a crise em que mergulhou a Casa, face à forma como têm sido conduzidas as questões de natureza ética.
Dos parlamentares brasileiros, o que a Nação espera é que se coloquem acima de suas posições político-partidárias caso sejam chamados a concorrer para que o Brasil possa se mostrar coeso, no plano interno, diante dos desafios que os países organizados têm pela frente para combater o terrorismo. O que parece imperioso é que, na agenda do Congresso, o tema segurança passe imediatamente para o primeiro plano.
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10/01/2001
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Bogo defende união de partidos
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