FRANCELINO DEFENDE NOVAS AÇÕES DE APOIO À PEQUENA EMPRESA



Ao lembrar que na próxima terça-feira (dia 5) deverá ser sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso a lei que institui o Estatuto da Microempresa e das Empresas de Pequeno Porte, o senador Francelino Pereira (PLF-MG) defendeu, em discurso nesta sexta-feira (dia 1º), mais rapidez na implantação de novas ações de apoio ao setor. O senador disse que o estatuto, iniciativa do Congresso Nacional, é moderno, mas não prescinde de outras ações necessárias em favor das pequenas empresas. Ele afirmou que esses estabelecimentos são as maiores vítimas dos elevados juros vigentes no país e defendeu a renegociação das dívidas dessas empresas, para que possam voltar a operar em condições de normalidade. - Os recursos para financiamentos existem e devem ser anunciados oficialmente durante a solenidade de sanção do estatuto. É preciso urgência na regulamentação dos programas previstos no novo estatuto - disse. Francelino destacou que as empresas de pequeno porte empregam dois terços da mão-de-obra no Brasil, e lamentou que esse segmento esteja seriamente ameaçado pelas dificuldades econômicas. Lembrando que grandes e sólidos conglomerados multinacionais estão no Brasil competindo com as micro e pequenas empresas, o senador frisou que a competitividade das empresas nacionais só será viável com reformulações modernas, atentas à qualidade. - A recuperação e a expansão da economia brasileira passam necessariamente pelas micro empresas. Sabemos que nenhum governo constrói uma nação, um estado ou um município. Quem constrói um município, um estado ou uma cidade é o povo. O município é o ponto de partida, o primeiro cenário, o início de tudo. Lá o povo vive, trabalha, sonha e se realiza. O povo é a pequena empresa - afirmou o senador. Segundo Francelino, há no país 4.467.419 micro e pequenas empresas. Dessas, 287.423 foram criadas no ano passado, representando 61,5% das firmas constituídas nesse período. Em aparte ao discurso, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que o governo precisa reestruturar a política de aplicação dos recursos do BNDES. "As aplicações têm sido incorretas", disse. O senador Lúdio Coelho (PSDB-MS), também em aparte, destacou a importância da microempresa para o país e disse que via no discurso de Francelino "uma convocação ao Poder Público para que faça as reformas de base de que a nação necessita".

01/10/1999

Agência Senado


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