FRANCELINO DEFENDE VENDA DE AÇÕES DA PETROBRAS



A venda de ações minoritárias da Petrobras foi defendida em plenário nesta sexta-feira (dia 30) pelo senador Francelino Pereira (PFL-MG). O senador anunciou que votará contrariamente ao projeto de autoria do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que deverá ser examinado pelo plenário do Senado na primeira quinzena de agosto, proibindo a venda das ações da empresa. Francelino afirmou que a venda de ações será democrática, permitindo aos brasileiros serem também donos da Petrobras, cujo controle continuará sendo do governo. A estimativa é de que a venda das ações renderá R$ 8 bilhões aos cofres públicos.Francelino destacou que, por força de lei, 50% mais uma ação, pelo menos, da Petrobras tem que ficar nas mãos do governo, que assim mantém o controle da empresa. O senador acredita que a União não precisa de todas as ações que possui hoje para controlar a empresa e que a venda fortalecerá o mercado de ações brasileiro. Informou também que as ações serão vendidas preferencialmente para brasileiros, podendo inclusive serem usados recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para sua compra. Segundo o senador, apenas o excedente será negociado no exterior. Para Francelino, o momento de venda é bom, uma vez que o mercado de petróleo está favorável. - A Petrobras está se preparando para pulverizar suas ações, caso o projeto seja rejeitado no Senado, como acredito que será - afirmou. Em aparte, o senador José Roberto Arruda (PSDB-DF) garantiu que o governo não pretende privatizar a Petrobras, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica. "Qualquer coisa que se disser em contrário é inverídica", afirmou. Arruda se aliou ao pronunciamento de Francelino e explicou que o governo apenas pretende vender ações da Petrobras, de forma que o "cidadão brasileiro do interior, qualquer cidadão, possa comprar o seu quinhão da empresa". Arruda disse considerar importante manter o controle estatal da empresa, por ser um setor estratégico.O projeto do senador Álvaro Dias foi rejeitado na Comissão de Assuntos Econômicos e será examinado no plenário do Senado a pedido do autor.

30/06/2000

Agência Senado


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