Francelino Pereira defende maior discussão sobre Área de Livre Comércio das Américas



O senador Francelino Pereira (PFL-MG) defendeu a necessidade de o Congresso aprofundar a discussão sobre a implantação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), prevista para entrar em vigor a partir de janeiro de 2006. Ele enumerou entre as principais medidas que precisam ser tomadas pela Câmara e pelo Senado a aprovação do projeto de lei das Sociedades Anônimas e a reformulação do sistema tributário.

- A reforma tributária precisa ser encarada como o mais importante ponto do grande desafio com que se defronta o Poder Legislativo. Muita coisa já foi realizada a esse respeito. Na Câmara, desenvolveu-se exaustivo trabalho ao longo dos dois últimos anos com esse objetivo. Até aqui, contudo, não houve suficiente vontade política, nem determinação, para que esses estudos viessem a se transformar em lei - comentou Francelino Pereira.

O senador por Minas Gerais avaliou que não é possível mais adiar a conclusão da reforma tributária. Ele lembrou que o próprio ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Alcides Tápias, classificou a reformulação do sistema tributário como "passo decisivo" para que as empresas brasileiras coloquem produtos a preços competitivos no mercado exterior.

Mesmo considerando que o Congresso terá muito trabalho até a implantação da Alca, Francelino destacou que algumas iniciativas já foram tomadas, como a aprovação da lei que disciplinou as micro e pequenas empresas e da Lei de Responsabilidade Fiscal. Ele acrescentou que o governo também tem contribuído, modernizando estruturas principalmente para facilitar as exportações. O senador citou como exemplo a criação do programa "Exporte Fácil", dos Correios, que possibilita a exportação de produtos de microempresas.

Francelino sugeriu que Câmara e Senado intensifiquem as discussões sobre a Alca com a realização de conferências, seminários, encontros e publicações. "O Congresso Nacional deve transformar-se num foro concreto, profundo, para mostrar a si mesmo, ao Brasil e ao mundo a relevância incontornável da política externa na política nacional", completou.

11/04/2001

Agência Senado


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