Papaléo defende criação da Área de Livre Comércio de Macapá
Ao manifestar sua preocupação com as desigualdades regionais do país, que penalizam particularmente as regiões Norte e Nordeste, o senador Papaléo Paes (PMDB-AP) defendeu a necessidade da imediata aprovação do projeto de lei (PLS 414/1999) que cria a Área de Livre Comércio de Macapá/Santana, com os mesmos benefícios fiscais conferidos à Zona Franca de Manaus (AM).
O projeto, de autoria do senador José Sarney, cria a área de livre comércio com a finalidade de garantir o crescimento mercantil e econômico do Amapá, bem como sua integração com países vizinhos como Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela, com mercado potencial de 36 milhões de consumidores, explicou.
- Uma visão estratégica de nossos interesses nacionais requer, entre outros requisitos, um pouco de ousadia - observou Papaléo.
Segundo o senador, o Pólo Industrial de Manaus hoje é responsável pela geração de 50 mil empregos diretos e 350 mil indiretos, com um faturamento anual de US$ 9 bilhões, consolidando-se como a mais importante força motriz da economia amazônica.
Para Papaléo, a Área de Livre Comércio de Macapá reúne condições para igualar esse êxito, por meio de um aproveitamento racional de sua biodiversidade, num estado que se orgulha de ter 90% de seu território imaculado pela ação do homem, sendo dotado de um porto, o de Santana, localizado próximo à foz do Rio Amazonas, com amplo acesso ao litoral brasileiro e à costa dos países do norte da América do Sul e Caribe.
Em aparte, o senador Leomar Quintanilha (PFL-TO) afirmou que a criação da Área de Livre Comércio de Macapá terá o mesmo efeito dinamizador da economia que teve a redivisão territorial que permitiu a criação do estado do Tocantins.
- Nos últimos 15 anos, houve uma revolução nos indicadores econômicos e sociais dos habitantes do estado - afirmou.
20/10/2003
Agência Senado
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