ÁREA DE LIVRE COMÉRCIO DO AMAPÁ PERDE EMPRESAS



A Área de Livre Comércio de Macapá-Santana está sofrendo um processo de "esvaziamento econômico" e perdeu 1.600 empresas, disse o senador Gilvan Borges (PMDB-AP), durante pronunciamento no plenário, nesta quinta-feira (dia 22). "A situação não é nada boa e, caso esse esvaziamento econômico não seja contido imediatamente, poderá tornar-se irreversível", alertou. Ele conclamou o governo federal a dar mais atenção ao problema e investir na infra-estrutura da região, para que o Amapá deixe de ser "um dos estados mais atrasados" do país.- O governo federal criou a área de livre comércio com o objetivo de desenvolver economicamente o Amapá, um estado fronteiriço e periférico, e integrá-lo ao restante da economia nacional. Entretanto a falta de infra-estrutura na região tem ocasionado o definhamento desse sonho de prosperidade, que é comum a todos os amapaenses - disse.É a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) que administra a Área de Livre Comércio do estado. Lá havia duas mil empresas em funcionamento por ocasião de sua inauguração, mas atualmente, segundo informou o senador, não há mais do que 400 empresas na região.Gilvan Borges elogiou o trabalho de Mauro Ricardo Machado Costa, superintendente da Suframa e citou pesquisa feita pela instituição, que fez um mapeamento econômico da região. De acordo com esse estudo, citado pelo senador, o Amapá tem produtos com potencial para que sejam vendidos no mercado nacional e internacional, tais como madeiras, pescados, amido de mandioca, palmito de pupunha, óleo de dendê, castanha-do-brasil e turismo ecológico.Em aparte, o senador Bernardo Cabral (PFL-AM) disse que é grave a situação na região. Ele calcula que cerca de oito mil pessoas ficaram desempregadas com o fechamento das empresas na Zona de Livre Comércio. Mozarildo Cavalcante (PPB-RR) destacou a importância da Suframa e criticou a Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia), que, segundo ele, não tem atuado satisfatoriamente, até por problemas financeiros.

22/04/1999

Agência Senado


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