Freire prevê resistência às propostas da reforma política
Na opinião de Freire, a essência da reforma em questão é impor a tutela dos partidos políticos. "Com exceção do financiamento de campanha, o resto é idéia de uma elite autoritária que pretende engessar e manter a estrutura político-partidária dominante", declarou. Ao comentar o projeto sobre fidelidade partidária, o senador pernambucano criticou a intenção de se ampliar de um para quatro anos o prazo de filiação exigido dos candidatos a cargos eletivos.
"A fidelidade não deve ser imposta por lei", afirmou Freire, lembrando que a idéia remonta ao sistema político vigente na época do regime militar. Para o senador, o fortalecimento dos partidos não depende da obrigatoriedade de filiação prévia dos candidatos, mas da representatividade conferida pelo voto popular e pelo exercício da cidadania.
Já o financiamento público de campanha concorre, segundo Roberto Freire, para a transparência política e um maior controle da representação partidária, impedindo a influência dos grandes grupos econômicos. Com o objetivo de aperfeiçoar a proposta, o senador pernambucano destacou uma emenda apresentada que pretende atrelar o montante de recursos a ser repassado ao número de votos obtido pelo partido nas eleições nacionais.
12/01/2001
Agência Senado
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