FREIRE VÊ "CACOETES AUTORITÁRIOS" EM DISCUSSÃO SOBRE REFORMA POLÍTICA



Durante discussão na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), o senador Roberto Freire (PPS-PE) apontou nesta quarta-feira (dia 30) a existência de "cacoetes autoritários" no debate da reforma político-partidária. Freire classificou como terrorismo" notícias de que 21 partidos seriam extintos após a reforma, como informou reportagem publicada pela imprensa paranaense. "Precisamos ser honestos porque essas medidas não vão acabar com os partidos. Não há o que extinguir porque, se houver representatividade na sociedade, o partido vai continuar existindo", disse. Para o senador, aqueles que fazem esse tipo de afirmação estão pretendendo garantir reservas de mercado e impedir o prosseguimento à criação de novas idéias políticas na sociedade. "Não é com mecanismos legais que vai se constituir um sistema político ideal. No Brasil, tenta-se tutelar tudo: sindicatos, partidos e até liga de dominó", criticou.Os senadores do PSDB, Sérgio Machado (CE) e Álvaro Dias (PR), esclareceram que ninguém quer extinguir partidos políticos, mas apenas fortalecer os partidos políticos, acabar com partidos de aluguel e consolidar a democracia no Brasil. "Os partidos políticos devem ter representação de acordo com os votos que tenham e não com os votos herdados de outros partidos", disse Machado, com referência ao projeto que proíbe coligações para eleições proporcionais.

30/06/1999

Agência Senado


Artigos Relacionados


ALCÂNTARA DEFENDE DISCUSSÃO SOBRE A REFORMA POLÍTICA

CCJ RETOMA DISCUSSÃO SOBRE REFORMA POLÍTICA ESTA SEMANA

Vídeo | Discussão sobre reforma política será ampla, diz Jucá

ROBERTO FREIRE CRITICA REFORMA POLÍTICA

Cristovam: classe política é "uma fábrica" de regimes autoritários

Freire prevê resistência às propostas da reforma política