FREITAS NETO LAMENTA PÉSSIMO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DE RODOVIAS



Ao divulgar a 4ª Pesquisa Rodoviária realizada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT), o senador Freitas Neto (PFL-PI) lamentou a considerável piora detectada na região Nordeste e registrou que, dos 42,8 mil quilômetros pesquisados em todo o país, 77,5% estão em estado péssimo, ruim ou deficiente - o equivalente a 33,3 mil quilômetros.
Segundo o parlamentar, a situação é pior nas regiões mais pobres do país, em especial a Nordeste. Freitas Neto ressaltou que, se a situação melhorou no país como um todo - na última pesquisa, em 97, as estradas nessas circunstâncias chegavam a 92,6% do total -, na região Nordeste ocorreu o inverso.
O senador citou em seu discurso frase do presidente da CNT, Clésio Andrade, para quem "o péssimo estado de consevação das rodovias do Nordeste prejudica seriamente o esforço dos governos dessa região, abrindo mão de arrecadação própria para criar condições à instalação de pólos industriais".
- Isso significa que governos estaduais estão procedendo à renúncia fiscal com o objetivo de conseguir pólos de desenvolvimento na região, deixando, em conseqüência, de realizar obras e manter serviços necessários à população, apenas para ver todo esse esforço ameaçado pela falta de investimento em infra-estrutura. É mais do que um absurdo. É uma ignomínia - afirmou Freitas Neto, da tribuna do plenário, nesta quinta-feira (dia 10).
O senador ressaltou que os 10 piores trechos, dos 63 pesquisados, estão na região Nordeste. Afirmou que o Piauí é "desatendido" por três dessas vias, que ligam Teresina (PI) a Barreiras (BA), Picos (PI) a Salgueiro (PE) e Lagoa Grande (PE) e Picos (PI) a Fortaleza (CE).
Freitas Neto destacou que a maioria dos 8,4 mil quilômetros em bom estado de conservação e dos 1,2 mil em ótimo estado - conforme constatado pela pesquisa da CNT - está nas rodovias privatizadas, a maior parte delas nas regiões Sudeste e Sul. Essa melhor condição, porém, sobreveio à custa de pedágios cujas taxas são consideradas exageradas pela CNT, observou o senador.

11/11/1999

Agência Senado


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