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Como observou Rollemberg, que presidiu a primeira parte da reunião e preside a Comissão do Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado (CMA), o Brasil vive um "momento especial", por ser um dos poucos países que têm conseguido aliar crescimento econômico com redução das desigualdades sociais e regionais. Ele alertou, porém, para o risco de a economia brasileira tornar-se demasiadamente dependente da exportação de commodities e do agronegócio.

- Apenas com investimentos em ciência, tecnologia e inovação vamos tornar a nossa economia mais competitiva. Nossa pauta de exportações está muito focada no agronegócio. A participação de produtos com alto percentual de conhecimento embutido tem diminuído nos últimos anos - afirmou Rollemberg.

Em sua exposição inicial, Tobe mencionou os três desafios principais que, a seu ver, o mundo enfrenta neste momento: a retomada do crescimento econômico, a mudança climática e a inclusão de trabalhadores no mercado de trabalho. Diversos parlamentares suecos pediram aos colegas brasileiros informações sobre temas como o sistema tributário, a qualidade da educação, a formação de trabalhadores, os investimentos em infraestrutura, a proteção da Amazônia e os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.

Em resposta à preocupação ambiental dos visitantes, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), que presidiu o encontro depois da saída de Rollemberg, observou que apenas 17% do território da Amazônia foram desmatados até hoje. Ele pediu ainda aos suecos que contribuam para o Fundo Amazônia, criado pelo governo federal para financiar iniciativas de proteção da floresta.

Representando a oposição, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) elogiou o comportamento do Parlamento da Suécia no que diz respeito ao uso de recursos públicos. Ele ressaltou ainda o papel do Plano Real como base para a recuperação da economia brasileira ao longo dos últimos anos, além de chamar atenção para a necessidade de uma nova rodada de "grandes reformas" que seriam capazes, a seu ver, de permitir um "novo salto de desenvolvimento". Entre as reformas necessárias ao Brasil ele mencionou a tributária e a trabalhista.

Também participaram da reunião os deputados Mauro Benevides (PMDB-CE) e Romanna Remor (PMDB-SC).

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