Garçom que teria ouvido trama para assassinato de prefeito de Campinas presta depoimento



O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), e o relator, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), surpreenderam nesta quarta-feira (3) todos os membros da CPI ao apresentarem o garçom Anderson Ângelo Gonçalves - conhecido no colegiado como Jack - que teria ouvido uma conversa em uma casa de bingo paulista na qual supostamente tramou-se o assassinato do ex-prefeito de Campinas (SP) Antonio da Costa Santos, o Toninho do PT, em 2001.

Efraim Morais informou que o garçom havia telefonado na semana passada para a assessoria da CPI, manifestando o desejo de prestar depoimento ao colegiado, "por sentir-se ameaçado". Foi então que o presidente da comissão determinou que dois assessores fossem em sigilo a Campinas para ouvir Anderson, que concordou em depor, desde que tanto o depoimento como sua vinda a Brasília fossem mantidos no mais absoluto sigilo. Jack também pediu garantia de vida para ele e para sua família.

- Diante de tudo isso e com o objetivo de resguardar a integridade pessoal da testemunha, esta presidência, em comum acordo com a relatoria, decidiu por manter esse assunto em sigilo até agora - explicou Efraim Morais, para quem o tema guarda total correlação com o objeto da CPI, já que se trata do assassinato de um prefeito planejado em uma casa de bingo.

Logo após os esclarecimentos, Efraim transformou a reunião pública em secreta. Dos 17 senadores presentes, 11 estavam inscritos para falar.



03/05/2006

Agência Senado


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