Garibaldi aconselha entendimento entre governo e oposição sobre proposta de aumento de impostos
"Acho que o governo deveria ter constituído um mecanismo de consulta e de entendimento com a oposição para evitar clima de confronto logo no início do ano legislativo". A opinião é do presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, a respeito do pacote de aumento de impostos anunciado pelo governo federal na quarta-feira (2) para compensar os R$ 40 bilhões que deixará de arrecadar por ano como resultado da extinção da Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (CPMF).
Em entrevista à Agência Senado na quinta-feira (3), Garibaldi, que está em Natal, lembrou que o governo havia assumido um compromisso de discutir com os partidos de oposição qualquer possibilidade de aumento da carga tributária para compensar os prejuízos com o fim da CPMF. No entanto, o presidente do Senado não considera que a medida do governo tenha sido uma traição ao acerto anterior, embora não descarte a probabilidade de haver reação por parte da oposição às decisões do governo.
- O anúncio do pacote pode custar caro para o governo, já que, por não ter maioria estável (entre os parlamentares), precisa se enveredar pelo entendimento caso queira aprovar projetos importantes já anunciados e mesmo o Orçamento (Geral da União) - explicou Garibaldi.
Apesar disso, o presidente do Senado não acredita que a oposição inicie um processo de retaliação visando a dificultar a aprovação de projetos importantes.
- Não pode haver oposição simplesmente por oposição. É preciso agir de acordo com cada caso e não simplesmente com respostas de vingança. O Orçamento, por exemplo, é prioritário e tem que ser aprovado - destacou.
Solução
A solução para evitar o confronto com a oposição, insiste Garibaldi, é "o entendimento e a boa vontade". Para que isso seja possível, o presidente do Senado está disposto a mediar uma negociação.
- É preciso agir com equilíbrio e moderação - afirmou o senador.
Garibaldi informou que virá a Brasília na terça-feira (8) para discutir com líderes partidários uma pauta de votações para a sessão legislativa que se inicia em fevereiro.03/01/2008
Agência Senado
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