Garibaldi Alves Filho condena corte de quase 50% em recursos do FAT



Não é só o reajuste do salário mínimo que preocupa o trabalhador brasileiro. Essa é a opinião do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que protestou em Plenário, nesta terça-feira (1º), contra o -considerável- corte de quase 50% nos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) destinados a programas de qualificação profissional e de recolocação de desempregados no mercado de trabalho.

Com base em reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o senador pelo Rio Grande do Norte informou que dos R$ 428 milhões aplicados no ano passado, os recursos foram reduzidos para R$ 270 milhões em 2003. Ao se confrontar com esses números, Garibaldi observou que os mesmos são -eloqüentes-, não podendo, portanto, -aceitá-los passivamente-.

O senador até reconhece a necessidade de contingenciamento de recursos pelo governo, mas ressalva que certos cortes precisam ser revistos e as prioridades, exercitadas. -Diante do compromisso desse governo com a geração de emprego e renda, não se pode fazer isso com a retirada de recursos do FAT-, disse.

A reação do ministro do Trabalho e Emprego, Jaques Wagner, à medida também foi relatada pelo parlamentar. Embora o ministro tenha dito que enquanto pudesse brigaria por mais recursos para sua pasta, deixou claro não estar contestando os cortes, definidos pela equipe econômica.

Diante desse significativo corte financeiro no FAT, Garibaldi chamou atenção para o constrangimento a que as centrais sindicais e os governos estaduais foram submetidos, já que terão de fazer escolhas quanto aos programas que serão prejudicados e os que receberão recursos. Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) contestou a decisão do governo de fixar o reajuste do mínimo em R$ 240. No momento em que parlamentares governistas defendem um salário mínimo de US$ 100, Mão Santa sugeriu a adoção de um meio-termo, ou seja, um mínimo de R$ 277,50, que, pelo câmbio de hoje, corresponde a cerca de US$ 80.



01/04/2003

Agência Senado


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