Garibaldi cita economistas e diz que nenhum país está imune à crise
Ao relatar as conclusões preliminares da audiência pública conjunta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), da qual é o presidente, e da Comissão de Acompanhamento da Crise Financeira e da Empregabilidade, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) informou que os economistas convidados para debater a crise econômico-financeira mundial com os senadores foram unânimes em afirmar que esta é uma situação sem precedentes no mundo, à qual nenhum país está imune.
Participaram da audiência pública, nesta quinta-feira (12), o ex-ministro da Fazenda Mailson da Nóbrega; o professor da PUC do Rio de Janeiro José Márcio Camargo; o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda Marcos Lisboa; e o professor da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro Luiz Shimura. Garibaldi destacou ainda a participação do presidente do Senado Federal, José Sarney, que fez o encerramento da reunião.
Os economistas, disse Garibaldi, mostraram que, apesar de a crise atingir com mais intensidade os países mais desenvolvidos, as conseqüências também já se fazem sentir em países como o Brasil, atingido pela paralisação dos negócios e pelo desemprego que isso acarreta.
Segundo Garibaldi Alves, todos os convidados reconheceram a gravidade da uma crise que, em sua avaliação, não se compara nem mesmo à crise de 1929, que teve início com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York.
- Isso porque, agora, temos uma crise em um mundo globalizado e ninguém vai ficar de fora, ninguém vai ficar imune a ela, essa é que é a verdade - alertou o senador, citando os economistas.
Os palestrantes, segundo o senador, foram unânimes em dizer que esta é uma crise, sobretudo, de crédito, de recursos para a promoção do desenvolvimento. "Daí os governos de todos os países estarem buscando retomar a mola propulsora do crédito".
- As soluções são estas que estão sendo dadas, que não se constituem em nenhum milagre, mas é este o receituário com relação à crise: é fazer com que as empresas não parem. Isso porque, se elas vierem a parar, ainda que não completamente, o desemprego começa a acontecer - disse o senador.
12/03/2009
Agência Senado
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