Garibaldi diz que ACM era "amigo de seus amigos"
O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) lembrou que, ao visitar o senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA) no Instituto do Coração, em São Paulo, pouco antes de sua morte, este "mostrou o que era, amigo de seus amigos, solidário, presente". Antonio Carlos lhe perguntou como estava o Senado e como estava o presidente da casa, Renan Calheiros, que já enfrentava um processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
- Eu disse que a situação estava meio complicada. Mas ele disse: não está não, Renan vai vencer e vai provar sua inocência - recordou Garibaldi.
Garibaldi disse que houve poucos parlamentares melhores que ACM e muito poucos governadores mais capazes que ele. Destacou ainda "o fascínio, o carisma e o feitiço baiano" do senador falecido.
- Ele foi o melhor em tudo o que realizou - afirmou.
Para Garibaldi, Antonio Carlos Magalhães foi, sobretudo, "um paladino, um combatente, um homem público que se armava todas as vezes em que se procurava perpetrar algum atentado com relação à Justiça Social".
O representante potiguar asseverou que o senador Antonio Carlos Magalhães conquistou a unanimidade não apenas por ocasião da sua morte, mas em vida, pela sua atuação, seu destemor, pela sua bravura e, às vezes, pela sua falta de habilidade.
- Antonio Carlos não era de conceder. Não era de se render, não se deixava abater. Não era aquele político jeitoso - afirmou.
Garibaldi recordou que ACM, durante a CPI dos Bingos, lhe ensinou que os senadores devem ser, sobretudo, coerentes e que homens públicos não devem ter medo. Também lembrou sua posição veemente contra o projeto de transposição do Rio São Francisco.
- Quando ele se lançava contra, era de corpo e alma. Quando se falava na transposição, logo ele aparecia - afirmou.
Garibaldi disse que Antonio Carlos Magalhães será, em sua vida pública, "um exemplo, um homem que deixou um legado, que construiu a história do Brasil, e a fez com destemor". Ao finalizar, pediu perdão aos senadores a aos familiares de ACM, para quem exclamou: "Viva!"
08/08/2007
Agência Senado
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